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SÃO PAULO – Entre 2009 e 2011, a renda disponível para consumo da classe C cresceu cerca de 50%, segundo revelam dados divulgados nesta quinta-feira (15) pela Serasa Experian.
De acordo com o superintendente da entidade, Vander Nagata, que participou nesta manhã do C4 2012 (Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor), o crescimento da renda disponível para consumo da classe C cresceu 30 pontos percentuais a mais do que o verificado na média da população.
Este dinheiro extra acabou sendo destinado à compra de produtos e serviços não relacionados aos itens de necessidade básica, visto que cresceu a compra de bens como celulares (6%), móveis e eletrodomésticos (14%), TV por assinatura (14%), entre outros, por estes consumidores no período.
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Crédito
Memso que a renda dos brasileiros da classe média tenha crescido nos últimos anos, na hora de adquirir produtos e serviços, este consumidor ainda faz uso do crédito. “Eles utilizam o crédito para antecipar os sonhos, em média, parcelam suas compras em cerca de 9 vezes ”, informa Nagata.
Na maior parte das compras, 58%, o consumidor da classe C utiliza o cartão de crédito para pagar os seus sonhos de consumo. Em 23% das vezes, o crediário é o escolhido. Em seguida, aparece o cheque, com 18%.
Ainda sobre a relação do consumidor da classe C com o crédito, o superintendente da Serasa disse que esta população sabe que paga juros altos, mas prefere utilizar o cheque ou o cartão, por exemplo, porque é o tipo de crédito que está “mais a mão”.
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No geral, 20% acredita que a taxa de juros fica em torno de 10% a 15%, enquanto 80% aposta na variação de 16% a 20%.
Dívidas
De acordo com a Serasa, em 2011, 42 milhões de CPFs tinham algum tipo de restrição, sendo que 57% deviam para mais de um credor; e 4% para mais de 10 credores.
Quanto a parcela da renda comprometida, esta equivalia a cerca de 22,2% ao mês, em janeiro deste ano.