Senado aprova projeto que garante recursos do Pronampe; texto segue para sanção

Programa foi criado em maio de 2020 para auxiliar financeiramente os pequenos negócios e manter empregos durante a pandemia

Agência Brasil

Plenário do Senado Federal (Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Plenário do Senado Federal (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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O Senado aprovou na noite de quarta-feira (27) o projeto de lei que mantém recursos para garantir empréstimos a micro e pequenas empresas por meio do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). O texto, que havia retornado ao Senado após ser modificado na Câmara, agora segue para sanção presidencial.

O projeto aprovado adia para 2025 a devolução ao Tesouro Nacional de valores não utilizados do fundo relativos a empréstimos por meio do Pronampe, programa criado em maio de 2020 para auxiliar financeiramente os pequenos negócios e manter empregos durante a pandemia da Covid-19.

A proposta também torna permanente o uso de recursos do FGO (Fundo de Garantia de Operações) em operações não honradas.

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Uma das alterações feitas na Câmara — e mantida pelos senadores — dispensa as empresas de cumprirem cláusula de manutenção de quantitativo de empregos prevista nas contratações até 31 de dezembro de 2021. Essa regra só será reestabelecida para os empréstimos feitos a partir deste ano.

O texto também acaba com a data limite, estipulada até o fim de 2021, para que o governo aumente o aporte de recursos ao FGO para atender o Pronampe, pois o programa se tornou permanente.

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Caso esse aumento de participação da União aconteça por meio de créditos extraordinários, os valores recuperados ou não utilizados deverão ser destinados à amortização da dívida. Já outros valores utilizados pelo FGO para honrar prestações não pagas deverão ser direcionados para a cobertura de novas operações contratadas.

Programa de Estímulo ao Crédito

Os senadores também aprovaram mudança no PEC (Programa de Estímulo ao Crédito) que amplia seu acesso a empresas com até R$ 300 milhões de receita bruta anual, consideradas de médio porte.

A legislação que criou o programa destinava o PEC somente a microempreendedores individuais (MEI), a micro e pequenas empresas, a produtores rurais e a cooperativas e associações de pesca e de marisqueiros com receita máxima de R$ 4,8 milhões. Para o público-alvo atual, o texto reserva 70% do valor total que pode ser contratado.

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O programa permite aos bancos contarem com créditos presumidos de tributos federais a serem usados para diminuir o valor a pagar em troca de empréstimos feitos sob seu risco. As contratações de operações, cujo prazo de funcionamento tinha acabado em 2021, serão reabertas até dezembro de 2022.