“Tap to Pay”: 12 respostas sobre o recurso da Apple que faz o iPhone virar maquininha de cartão

InfoMoney consultou a Apple e a CloudWalk, primeira parceira no Brasil, para responder as principais dúvidas dos consumidores

Giovanna Sutto

(Reprodução/Apple)
(Reprodução/Apple)

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A Apple anunciou na última semana um novo recurso para o iPhone: o tap to pay. Basicamente, o smartphone pode virar uma maquininha de cartão e receber pagamentos por aproximação, além de abrir a possibilidade de pagamento com carteiras digitais como Apple Pay ou Google Pay.

A novidade gerou uma série de dúvidas entre os consumidores: como funciona? Pessoa física pode usar? Já está disponível? Preciso ter qual iPhone? Entre outras.

Por isso, o InfoMoney entrou em contato com a Apple e a CloudWalk, primeira parceira comercial do recurso já confirmada, para buscar as principais respostas sobre o tema. Confira:

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1. O que é?

O tap to pay é um recurso que permitirá que comerciantes, de pequenas empresas e grandes varejistas, aceitem o Apple Pay, cartões de crédito e débito por aproximação e outras carteiras digitais usando apenas o iPhone e o app do parceiro para iOS, sem a necessidade de equipamentos ou terminais de pagamento adicionais.

Ou seja, o iPhone passa a ocupar o lugar da maquininha física na transação.

2. Qual iPhone preciso ter para usar?

Segundo a Apple, o recurso funciona em qualquer iPhone X ou superior.

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3. Qual iOS preciso ter para usar?

A Apple recomenda sempre a versão mais recente, no caso o iOS 17.

4. Quem pode utilizar o tap to pay?

O recurso foi anunciado para comerciantes que já atuam com maquininhas e passam a ter uma opção a mais para as vendas, direcionando a novidade para pessoas jurídicas em seu comunicado. Mas a Apple confirmou ao InfoMoney que pessoas físicas também podem utilizar o recurso, desde que tenham conta e baixem o app de parceiros da empresa que oferecem o recurso.

5. Quais são os parceiros da Apple nesse recurso?

A primeira parceira confirmada é a CloudWalk, instituição de pagamento com aval do Banco Central, que vai ofertar o tap to pay para seus clientes empresariais brasileiros. Neste caso, o recurso já está liberado para os clientes da fintech, que é dona da rede de maquininhas InfinitePay.

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Além disso, outras plataformas de pagamento – incluindo Granito, Nubank, Stone e SumUp – também devem ofertar a novidade em breve.

6. Pessoa física pode usar?

Segundo a CloudWalk, pessoas físicas também podem usar o tap to pay no iPhone.

Um exemplo: imagine alguém que faz trufas para vender na faculdade, ou alguém que produz poucas peças para vender num bazar, ou mesmo alguém que está reformando a casa e quer vender uma geladeira, um sofá e outros móveis.

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Se recebessem os pagamentos por transferência ou Pix, essas pessoas precisariam cobrar todos os meses dos clientes que quisessem pagar a compra parcelada. Com o recurso da Apple e uma conta em algum parceiro, essas vendas poderiam ser feitas no cartão.

7. Como funciona na prática?

Os comerciantes podem aceitar pagamentos por aproximação por meio de um app no iPhone X ou posterior com a versão mais recente do iOS.

Ao finalizar o pagamento, o comerciante só precisa pedir ao cliente que aproxime o iPhone ou Apple Watch do seu próprio iPhone para pagar com Apple Pay, cartão de débito ou crédito por aproximação ou outra carteira digital. O pagamento, então, será realizado.

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Os pagamentos vão funcionar com as principais bandeiras, incluindo American Express, Mastercard e Visa.

Nenhum equipamento adicional é necessário para aceitar pagamentos por aproximação com o tap to pay no iPhone.

(Reprodução/Apple)

8. Como faço para usar?

Em todos os casos, o comerciante ou pessoa física interessada em usar o tap to pay precisa ter o app de algum parceiro da Apple – um adquirente – que ofereça o recurso.

Por enquanto, apenas a CloudWalk está confirmada. Segundo a empresa, recurso é uma ferramenta dentro do aplicativo InfinitePay, ou seja, basta o interessado baixar o app no iPhone, criar uma conta e utilizar o recurso disponível.

É possível que o processo em outros futuros parceiros tenha alguma variação.

9. O tap to pay tem taxas?

A Apple não respondeu essa pergunta quando questionada. A empresa afirmou que o assunto deve ser tratado com os parceiros adquirentes.

O InfoMoney questionou a CloudWalk sobre o tema. No caso da empresa, o recurso – que funciona dentro do app chamado InfinitePay – é gratuito, sem qualquer tipo de cobrança adicional de taxa por transação.

“As taxas cobradas para débito e crédito são exatamente as mesmas para quem usa as maquininhas e, para facilitar, temos no app uma calculadora que mostra de forma transparente como elas funcionam”, disse a empresa em nota, sem revelar os percentuais das taxas.

10. O tap to pay substitui a maquininha?

Na prática, o recurso substitui a maquininha enquanto objeto, mas não o negócio da adquirente, que precisa ter seu app baixado no celular do comerciante para que o recurso funcione.

“Para usar o tap, qualquer pessoa ou comerciante pode criar uma conta em poucos minutos baixando o aplicativo da InfinitePay. No caso da maquininha, ele precisa entrar no nosso site, fazer o pedido e aguardar alguns dias pela chegada. Além, claro, de precisar pagar um valor por ela”, diz a CloudWalk em nota.

11. Onde está disponível?

A Apple afirma que o tap to pay no iPhone está disponível para plataformas de pagamento e desenvolvedores de apps no Brasil para integrá-lo a seus apps para iOS e oferecer a opção de pagamento para seus clientes empresariais.

12. É seguro?

Segundo a Apple, com o novo recurso no iPhone, os dados de pagamento dos clientes são protegidos pela mesma tecnologia que torna o Apple Pay privado e seguro — as transações são criptografadas e a Apple não sabe o que está sendo comprado nem por quem.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.