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A Olimpíada entra para o seu antepenúltimo dia, e a carteira olímpica feita a pedido do InfoMoney faz sua última adição de ativos que ainda podem surpreender quando falamos de medalhas para o Brasil.
Desde o primeiro dia do evento, apresentamos todos os atletas brasileiros que, se fossem ativos na Bolsa de Valores, chegariam com preços em alta e com tendência de explodir ainda mais. Ou ativos com excelente potencial, de preço descontado e que, se vingassem, trariam um retorno muito maior ao investidor.
As Olimpíadas, assim como o mercado financeiro, têm alta volatilidade e trazem emoções, ficando muito difícil fazer qualquer tipo de previsão.
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No momento, o Brasil já superou as 19 medalhas conquistadas no Rio de Janeiro. O objetivo agora passa a ser superar o número de medalhas de ouro conquistadas.
No Rio, foram 7 medalhas douradas. Até o momento, o país soma quatro, com cinco finais, uma semifinal e uma disputa pelo bronze para acontecer. Se conquistar todas as medalhas possíveis listadas abaixo – algo muito difícil de ocorrer – o Brasil terminaria com a histórica campanha de 9 ouros, 4 pratas e 9 bronzes, superando por muito a campanha de 7-6-6 da Rio 2016.
SEXTA-FEIRA
Maratona masculina: 19h
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Uma aposta bem arriscada da carteira olímpica. Uma das mais tradicionais provas dos Jogos Olímpicos, a maratona masculina é amplamente dominada pelos países africanos, especialmente pelo Quênia. Dono de grandes fundistas, o Quênia é o país de origem de um dos maiores maratonistas da história, se não o maior: Eliud Kipchoge.
Campeão nos Jogos Olímpicos de 2016, o queniano é o grande favorito para buscar o bicampeonato. Ele disputou 12 maratonas oficiais na vida, vencendo 11 e ficando em segundo lugar em uma. Além de ser o recordista mundial, com 2:01:39 obtidos em Berlim no ano de 2018, Kipchoge foi o único a fazer uma maratona em menos de duas horas, com 1:59:40 feitos em Viena em uma prova experimental de exibição, em outubro de 2019.
Existem outros africanos na disputa, como o etíope Kenenisa Bekele, compatriota de Kipchoge; o queniano Amos Kipruto, bronze no último Mundial; e o também queniano Lawrence Cherono, vencedor das maratonas de Boston e Chicago em 2019. O britânico Mo Farah, bicampeão olímpico dos 10.000 m, também vem se dedicando à maratona, tendo vencido a de Chicago em 2018. O americano Galen Rupp, bronze no Rio 2016; o tanzaniano Alphonce Simbu, bronze no Mundial de 2017; e o restante da equipe etíope e de Uganda também chegam a Tóquio com grandes chances de medalha.
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O Brasil terá três atletas, mas a carteira aposta bastante em Daniel Chaves e Daniel Nascimento. Os dois vêm apresentando tempos excelentes e realizaram a preparação no Quênia. Dnaiel Nascimento disputou uma maratona na vida e se garantiu em Tóquio, com um tempo excelente.
O calor atual do verão japonês pode acabar totalmente com o favoritismo dos africanos e surpresas podem ocorrer.
Se fizermos um paralelo com o mercado financeiro, os brasileiros seriam igual ao Bitcoin. Podem disparar amanhã, assim como podem ficar longe do pódio, vendo os favoritos levarem as medalhas.
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Isaquais Queiroz: 21h30 e 23h10
Já falamos sobre Isaquias Queiroz em outras carteiras, mas novamente faremos um novo resumo. Se fosse um ativo, o baiano que compete na canoagem velocidade seria aquela empresa que explodiu na bolsa após realizar seu IPO.
Desconhecido pela maioria dos brasileiros até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, o baiano de Ubaitaba se tornou em um fenômeno da canoagem velocidade, a ponto de ter se tornado o brasileiro que mais medalhas conquistou em uma só edição dos Jogos Olímpicos. Foram três, sendo duas de prata e uma de bronze. Além disso, o canoísta ostenta 13 medalhas em campeonatos mundiais em diferentes provas.
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Ele chegou a Tóquio tentando igualar o recorde de Robert Scheidt e Torben Grael, maiores medalhistas da história olímpica, com cinco conquistas. Após terminar a prova em dupla da canoa 1000 m em quarto lugar – em uma prova muito forte e com uma dupla improvisada, já que seu parceiro da Rio 2016 estava lesionado –, virou a chave e está com foco total na prova individual dos 1000 m.
Nessa prova, ele é o atual campeão mundial. Tem dois bronzes na principal competição da canoagem, em 2018 e 2017. Ontem foi o melhor na classificatória, e se garantiu na semifinal com o melhor tempo. Hoje, inicia às 21h30 (de Brasília) a disputa da semifinal. Se avançar – e tudo indica que assim o fará –, disputa a grande final às 23h10. À reportagem do Olimpíada Todo Dia, Isaquias garantiu que não vai brigar por prata ou bronze, e sim pelo ouro.
“Meu objetivo era sair daqui de Tóquio com duas medalhas, por isso que eu fiquei triste. Mas um quarto lugar nos Jogos Olímpicos é um bom resultado. Agora estou muito focado, vou com tudo”, contou ao OTD.
Seus adversários serão o francês Adrien Bart (atual vice-campeão mundial), o tcheco Martin Fuksa (prata nos mundiais de 2017 e 2018), o alemão Conrad Schreber (que venceu Isaquias este ano, em etapa da Copa do Mundo) e Sebastian Brendel, o atual campeão olímpico e campeão mundial em 2017 e 2018. Sebastian é grande ídolo de Isaquias e dá nome a seu filho.
Poderíamos considera-lo uma blue chip. É uma prova em que ele depende apenas de seus braços para vencer. Não há interferência de arbitragem, nem ninguém com resultados recentes melhores do que Isaquias Queiroz. Seria a opção mais segura de todas as listadas hoje, ainda que existam chances de que ele não chegue ao pódio.
MADRUGADA DE SEXTA PARA SÁBADO/SÁBADO DE MANHÃ
Brasil x Argentina pelo bronze do vôlei masculino: 1h30
Desde junho, começamos a listar os possíveis ativos que tinham tudo para explodir nos Jogos Olímpicos. O vôlei masculino veio como a primeira grande aposta devido ao experiente e fortíssimo elenco e o título da Liga das Nações, vencendo todos com autoridade.
Como o mercado financeiro, a Olimpíada é de grande volatilidade. Em Tóquio, o time masculino demorou a engrenar e acabou eliminado nas quartas de final. O feminino se encaixou mais ainda. Venceu todos os adversários com autoridade – incluindo a Sérvia, atual campeã olímpica, por 3 sets a 0.
Nas quartas de final, o masculino venceu o Japão e o feminino bateu a China. Tentando a quinta final consecutiva, a seleção masculina sucumbiu para a grande rival Rússia, mesmo após estar vencendo o terceiro set por 20 a 12, a cinco pontos de abrir 2 a 1 no placar. As mulheres, por outro lado, passaram de virada também pela Rússia nas quartas, antes de atropelar a Coreia do Sul, mesmo com uma notícia de um possível doping de Tandara, que deixou o grupo e volta ao Brasil.
Aos homens, resta a briga pelo bronze, que aumentaria ainda mais o recorde de medalhas brasileiras em uma edição dos Jogos. Seria também a quinta medalha olímpica seguida (dois ouros, duas pratas e esse possível bronze). O adversário será a maior rival, Argentina, embalada pela histórica semifinal alcançada e que chegou a abrir 2 a 0 diante do Brasil na fase de grupos.
Se fosse um ativo, teria um risco de desvalorização. Por um lado, o histórico contra os hermanos e o elenco pesam a favor da compra. Por outro, o emocional após a virada diante da Rússia e o embalo argentino após um histórico resultado e a possibilidade da primeira medalha no esporte pesam compra. Nossa recomendação seria neutra. Outros ativos aqui listados podem render muito mais.
Boxe masculino e feminino: 2h45 e 3h15
Incluímos o boxe na carteira olímpica antes do badalo atual da modalidade. No momento em que o citamos como um ativo que poderia surpreender na “Bolsa de Valores olímpica”, havia três lutadores nas quartas de final. Se fosse um ativo na bolsa, o investidor que o adquiriu no momento da recomendação adquiriu-o com um “preço” completamente descontado e agora estaria sorrindo de orelha a orelha.
Hebert Conceição e Bia Ferreira lutam respectivamente às 2h45. e 3h15. A entrada no ativo momento ainda é válida, uma vez que os dois possuem chances de levar o ouro. Porém, o retorno será inferior ao que poderia ser obtido caso o ativo fosse comprado na semana passada.
Já falamos bastante sobre os dois aqui. Mas, basicamente, a maior chance está com Bia Ferreira. Campeã mundial da categoria, terá uma batalha dura contra a campeã do mundo em 2018. A atual campeã do mundo se mostrou em forma e venceu todas as suas lutas com autoridade.
Hebert Conceição, por sua vez, não chegou com todo o favoritismo da conterrânea baiana. Após grande competição, venceu bem o atual campeão do mundo – e que o havia derrotado na semifinal do último mundial, onde foi bronze – na semifinal. Na decisão, irá encarar o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, campeão mundial em 2017, campeão europeu em 2017 e duas vezes campeão dos Jogos Europeus (2013 e 2019).
Seriam a maior opção de investimento na carteira nesse momento. As chances de ouro são reais, e, mesmo que com duas pratas, ainda seria um bom investimento na carteira para se ter daqui para frente.
O maior risco é a arbitragem. As notas dos juízes são extremamente subjetivas. Em uma luta equilibrada, a vitória pode ir para qualquer lado.
Hipismo, salto por equipe: 7h
Outro ativo incluído na carteira antes mesmo de a Olimpíada começar. De tradição e histórico olímpico, o hipismo brasileiro chega em sua melhor forma desde os Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, quando Rodrigo Pessoa, recordista de participações olímpicas, com sete no total, foi ouro no individual.
A equipe é composta por cavaleiros experientes e que durante todo o ciclo olímpico figuraram em pódios nas principais competições na Europa. A equipe é treinada técnico Philippe Guerdat, campeão olímpico que treinou a equipe da França em 2016.
Para os Jogos, o francês convocou Marlon Zanotelli, atual 7º colocado no ranking mundial; Pedro Veniss, cavaleiro com experiência olímpica e campeão com a equipe brasileira nos Jogos Pan-Americanos; e Rodrigo Pessoa, campeão olímpico e duas vezes medalhista de bronze, em 1996 e 2000.
Na eliminatória, disputada hoje pela manhã (do horário de Brasília), o trio tinha a missão de deixar o Brasil entre os 10 primeiros para ir à final. 19 países estavam na disputa e o Brasil passou em 8º. O que se viu, no entanto, foi uma excelente participação de Zanotelli (zerou o percurso) e boa volta de Pedro Veniss (derrubou apenas o antepenúltimo obstáculo e perdeu um ponto por estourar o tempo). Pessoa entrou em ação com o Brasil em 5º, podendo perder até 25 pontos. Com um cavalo agitado, perdeu 20, o suficiente para classificar o Brasil para a final.
Após a prova, Rodrigo Pessoa revelou que não disputará a final: “Hoje demos sorte de poder passar. Amanhã é um novo dia e para mim acaba aqui. O meu cavalo não está em condições de ajudar a equipe. Amanhã, o Yuri [Mansur, cavaleiro alternativo] deve entrar para brigar por medalhas. Amanhã o jogo zera, e vamos brigar por medalhas. A experiência nesse momento contou, pois consegui levar o cavalo até o final. Os cavalos são imprevisíveis e demos sorte.”
Yuri Mansur é outro excelente cavaleiro que sempre figura nos pódios europeus. Ele também participou da prova individual dos saltos. Na classificatória, passou sem faltas à final (Zanotelli, melhor ranqueado, derrubou um e ficou de fora). Na briga por medalhas, acabou derrubando dois e terminou em 20º. Mostra, porém, que seu cavalo está bem e tem mais condições de ajudar o time, assim como o próprio Rodrigo declarou.
A medalha de ouro, a que tudo indica, irá para a Suécia. Os nórdicos mandaram três cavaleiros para a disputa do desempate do ouro, ficando com uma medalha de prata, e zeraram as três voltas na eliminatória por equipes. Outros candidatos às medalhas caíram, e a briga será boa. Bélgica, Suíça, Alemanha, França, EUA e Grã-Bretanha brigarão com o Brasil por prata e bronze.
Brasil X Espanha pelo futebol masculino: 8h
Se a Olimpíada é extremamente imprevisível, podemos dizer que tentar adivinhar quem serão os medalhistas do futebol olímpico é mais difícil ainda. Como não é permitido que todos os principais jogadores do mundo participem (a Federação Internacional de Futebol permite apenas três atletas acima de 23 anos), é difícil saber com qual elenco os países disputarão o torneio.
No Brasil, as seleções do Brasil são sempre fortes. A liberação de jogadores por parte dos clubes brasileiros e europeus, no entanto, nem sempre é fácil. Em virtude disso, não incluímos a seleção no início do mês passado, algo que se mostrou equivocado.
Com Daniel Alves e Richarlison como grandes nomes, a seleção brasileira fez uma boa campanha, porém longe de encantar. A equipe oscilou um pouco durante o torneio, mas chegou à final sem tropeços ou queda precoce nas quartas de final, como ocorreu com o time feminino. Após a vitória nos pênaltis contra o México na semifinal, o time se classificou para a quarta final olímpica consecutiva, e brigará pelo bicampeonato.
O adversário será a Espanha, seleção europeia que mais “levou a sério” os Jogos Olímpicos. A Fúria, como é conhecida, enviou seis jogadores que estiveram presentes na disputa da Eurocopa em junho. No Japão, também oscilou como o Brasil, quase ficando de fora nas quartas de final.
Se fosse um ativo, valeria o investimento. Por ser o atual campeão e por ser o Brasil, seria um ativo interessante para quem tivesse caixa disponível. Mas certamente não é a melhor opção para quem só pudesse escolher um só. O retorno provavelmente não seria tão grande como o de outras opções aqui listadas.
Brasil x EUA pelo vôlei feminino, 8h
Não apostamos no vôlei feminino em junho, o que pode ser considerado um erro. Àquela altura, o vôlei do Brasil estava com um preço extremamente descontado. Até a pandemia, o Brasil era a quinta força do vôlei feminino, atrás de China, Sérvia, Itália e Estados Unidos. No grupo teoricamente mais fraco, o Brasil venceu a Sérvia com autoridade e sequer tomou sustos contra os mais fracos do grupo, como Japão, Coreia, Quênia e República Dominicana.
Com a primeira colocação do grupo, o Brasil deu certo azar e caiu para enfrentar a Rússia, eterna rival olímpica da seleção de José Roberto Guimarães. Por outro lado, a eventual semifinal seria disputada contra o vencedor do confronto entre Turquia e Coreia, teoricamente mais fracos do que Itália e Sérvia.
Nas quartas de final, fase em que foi derrotado há cinco anos na Rio 2016, o Brasil saiu perdendo para a Rússia, mas a entrada da oposta Rosamaria e da levantadora Macris – que deu um susto ao sair lesionada contra a Sérvia na fase de grupos – mudou o cenário do jogo e fez com que o Brasil chegasse a vitória por 3 sets a 1.
Nas semifinais, disputadas na manhã desta sexta-feira, o Brasil não se abalou com a notícia do possível doping da oposta Tandara, que a tirou do elenco às vésperas do confronto decisivo. O país confirmou o favoritismo e atropelou a equipe coreana.
Embora o time chegue embalado, jogando o fino da bola e com boas opções no banco para entrar e mudar o jogo em caso de desvantagem, a seleção brasileira não chega como favorita no confronto contra as americanas.
Líderes do ranking mundial e atuais campeãs da Liga das Nações, os Estados Unidos venceram o grupo, considerado mais difícil do que o do Brasil. Passaram com extrema facilidade sobre a República Dominicana e também sobre a Sérvia na semifinal, em uma revanche da final do Rio de Janeiro em 2016.
Por todos os confrontos entre as duas equipes durante o ciclo e por ter um elenco bastante completo, que não depende apenas de uma pontuadora, as americanas chegam como favoritas. O Brasil está anos luz à frente do que estava na final em junho perdida por 3 sets a 0 e muito dificilmente perderá novamente em 3 sets. Pode pesar ainda o fato de que os Estados Unidos nunca ganharam um ouro olímpico no feminino, tendo perdido as três últimas edições (em 2016 para a Sérvia e duas para o Brasil).
A expectativa é fechar os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 com chave de ouro.
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