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Os europeus reduziram seu pessimismo quanto ao futuro, segundo a sondagem Eurobarômetro divulgada nesta quarta-feira (6) pelo Parlamento Europeu. De acordo com a pesquisa, 73% as pessoas pesquisadas responderam que seu nível de vida irá diminuir no próximo ano. Esse universo ficou 6 pontos percentuais abaixo do verificado no último levantamento deste tipo, feito na primavera.
Nesse campo dos pessimistas, 42% responderam que já sentiram alguma redução no nível de vida em 2023 e outros 26% esperam que isso vá ocorrer no próximo ano.
Mis de um terço dos europeus (37%) disseram ainda ter dificuldades em pagar contas alguma vezes ou na maior parte do tempo.
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Mas essas respostas variam muito por país. Questionados sobre a dificuldade de pagar a contas no final do mês, 36% dos gregos responderam afirmativamente “na maior parte do tempo”, enquanto 50% dos inquiridos admitiram essa dificuldade “de vez em quando”, com apenas 14% dizendo que “quase nunca/nunca”. Na Suécia, por outro lado, 93% afirmaram que “quase nunca/nunca” têm dificuldades para pagar as contas.
Mais de sete em cada dez cidadãos europeus acreditam que o seu país beneficiou por ser membro da União Europeia, segundo a pesquisa. As principais razões citadas pelos inquiridos neste inquérito são a contribuição da UE para a manutenção da paz e o reforço da segurança (34%) e a melhoria da cooperação entre os países da União (34%).
Da mesma forma, a imagem da UE manteve-se estável desde março de 2023, com 45% dos cidadãos da UE tendo uma imagem positiva do bloco, enquanto 38% têm uma imagem neutra e 16% ainda mantêm uma imagem negativa.
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Para a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, esse Eurobarômetro mostrou que a Europa é importante. “Neste difícil contexto geopolítico e socioeconómico, os cidadãos confiam na União Europeia para encontrar soluções. A grande maioria dos europeus acredita que as ações da UE tiveram um impacto positivo na sua vida quotidiana”, afirmou.
Sobre a vida cotidiana, mais de um terço dos cidadãos da UE consideram a luta contra a pobreza e a exclusão social (36%) e a saúde pública (34%) como os principais temas que o Parlamento Europeu deve dar prioridade.
As ações contra as alterações climáticas, bem como o apoio à economia e à criação de novos empregos (ambos com 29%) vêm na sequência. Mas as preocupações com a migração e o asilo (18%), atualmente na nona posição entre os temas, aumentaram sete pontos percentuais desde o outono do ano passado.
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Com as eleições europeias de 2024 no horizonte, a maioria dos europeus (53%) deseja que o Parlamento desempenhe um papel mais importante, uma opinião maioritária em 21 Estados-Membros.
A maioria dos europeus (57%) está interessada nestas próximas eleições para o Parlamento Europeu, um resultado estável em comparação com a primavera de 2023 (+1 p.p.), mas 6 pontos superior ao do outono de 2018, num momento semelhante antes do observado nas últimas eleições europeias.
E 68% afirmam que provavelmente votariam se as eleições europeias se realizassem dentro de uma semana – nove pontos acima do verificado no outono de 2018.