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SÃO PAULO – A derrocada de quase 20% das ações da Fleury (FLRY3) do começo de março pra cá pode ter finalmente uma explicação. Segundo informações da Revista Exame, a Gávea Investimentos ofereceu R$ 15,00 por ação para adquirir o controle da empresa de laboratórios e diagnósticos. O valor é bem abaixo do que era ventilado no mercado desde o final de fevereiro.
No dia 28 de fevereiro, fontes ouvidas pelo InfoMoney disseram que a gestora do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, estaria disposta a pagar R$ 22,50 por cada ação da Fleury. Antes da notícia, os papéis da companhia haviam subido por 6 pregões seguidos, saltando de R$ 18,20 para R$ 20,00. A informação de que a Gávea articulava uma oferta só foi confirmada pela companhia no dia 12 de março.
A partir dali, as ações começaram a cair em meio à ausência de novidades concretas sobre a OPA (Oferta Pública de Aquisição), até que no dia 11 de abril os papéis FLRY3 despencaram 8,31%, para R$ 17,10, com um volume bastante acima da média – duas boas sinalizações de que más notícias sobre a compra poderiam aparecer no mercado. A “explicação” dada pelo mercado é de que a Gávea iria reavaliar sua oferta após uma auditoria feita dentro da Fleury encontrar algumas deficiências.
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Ações passam a cair forte
A notícia demorou para surtir efeito no mercado. Até às 11h30 (horário de Brasília), as ações da companhia marcavam queda de pouco mais de 2%, cotadas a R$ 16,20, mas a partir daí o movimento se agravou. Os papéis fecharam com queda de 6,95%, a R$ 15,40, tendo chegado a valer R$ 15,23 na mínima do dia – menor patamar na Bolsa desde maio de 2010.
Segundo a Revista Exame, tanto a Gávea quanto o Fleury não comentaram o assunto.