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SÃO PAULO – As ações da Petróleo Manguinhos (RPMG3; RPMG4) sobem mais de 30% no pregão desta segunda-feira (25), a poucos dias de sua assembleia para determinar a aceitação de seu plano de recuperação judicial. Por volta das 13h15 (horário de Brasília), os papéis ordinários sobem 41,67%, para R$ 0,34, enquanto as ações preferenciais registram alta de 50,00%, aos R$ 0,33.
O volume também impressiona: os papéis já negociaram, cada um, cerca de R$ 1,15 milhões no pregão desta segunda. Esse valor é mais de 100 vezes a média diária dos últimos 21 pregões, que praticamente sumiu desde que o governo do Rio de Janeiro anunciou que desapropriaria a área em que a refinaria estava situada. A notícia, em outubro, fez com que as ações da empresa recuassem cerca de 67% em uma única sessão, fazendo com que as ordinárias fechassem 2012 com queda de 80,74%, e as preferenciais com perdas de 73,91%.
Para Eduardo Machado, analista da Amaril Franklin, esse movimento pode ser puramente especulativo. “Essas ações de cunho mais especulativos sobem por conta de expectativas, mas é algo meio vago”, alerta. Para ele, há pouca cobertura do mercado em relação à empresa, um mico, e a baixa liquidez ajuda a ação a ser facilmente manipulável, sujeitando-a movimentos como estes.
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A empresa deve anunciar um plano para pagar o seu passivo – decorrente, diz a empresa, da “desapropriação do terreno em que está situada, da política de subsídios ao preço da gasolina praticada pelo governo e da alta dos insumos”. Procurada pelo InfoMoney, a empresa não foi encontrada – com os números listados na área de Relações com Investidores não sendo alcançados. A companhia deve buscar equacionar as dívidas e conservar as atividades.
De acordo com uma fonte que não quis se identificar, a empresa está praticamente morta. No escritório antigo, sobraram apenas os porteiros, o setor de recursos humanos e de contabilidade – com números bastante reduzidos. “Ficou somente as pessoas para apagar a luz, manter o terreno ativo até ser definido o que será da desapropriação”, avisa. Os funcionários que ali ficaram, não possuem nem o telefone nem o endereço do novo escritório.