Ações da Raia e Drogasil sobem 6% após sua inclusão no índice MSCI

Fundos que acompanham o índice do banco Morgan Stanley devem incluir as ações da RaiaDrogasil na carteira até o final do dia

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SÃO PAULO – As ações da Raia (RAIA3) e Drogasil (DROG3) dispararam nesta sexta-feira (16), com uma grande pressão compradora após as ações da RaiaDrogasil (que começam a ser negociadas na bolsa brasileira na próxima segunda-feira, com o código RADL3) serem incluídas no MSCI (Morgan Stanley Capital International) – um dos principais índices usados pelo mercado para acompanhar o desempenho da bolsa.

As ações da Raia avançaram 5,98%, cotadas a R$ 30,50 – chegando a atingir uma alta de 10,98% na máxima do intraday, aos R$ 31,94. Acompanhando de perto o desempenho da companhia adquirida, os ativos da Drogasil subiram 5,95%, aos R$ 13,35 – chegando a ser negociado no dia a uma alta de 11,27%, aos R$ 14,02.

O volume financeiro movimentado pelos ativos RAIA3 foi bem forte, sendo 17 vezes maior do que a média de R$ 3,87 milhões registrada nos últimos 21 dias. A forte intensidade de negociações também foi percebida nos ativos da Drogasil, que tiveram um giro financeiro de R$ 143,8 milhões – mais de 25 vezes a média diária dos últimos 21 dias.

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Ingresso de Raia Drogasil no MSCI
Os papéis da RaiaDrogasil passam a ser negociadas em bolsa na próxima segunda-feira (19). Na mesma data, também integram o índice internacional, com peso de 0,25%.  

A Itaú Corretora estima que a pressão compradora dos papéis seja estendida pelos próximos 15 dias, já que todos os fundos que acompanham o índice devem incluir a empresa na carteira até o final do dia. Além disso, a entrada da RADL3 no índice do Morgan Stanley pode abrir caminho para que outros índices internacionais incluam o papel em seus portfólios, acrescenta Luis Gustavo Pereira, da UM Investimentos.

As ações entraram para o MSCI após a fusão entre as duas drogarias, que aumentou significativamente o valor de mercado da empresa. A união das empresas também é positiva em termos de liquidez, já que apenas um papel passará a concentrar os negócios no mercado aberto, afirma o analista da UM Investimentos.

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Perspectivas são favoráveis após aquisição
Ainda não foram divulgadas as projeções de sinergias após a aquisição; entretanto, a administração das duas companhias sinalizou para analistas que um dos principais ganhos com a fusão é a melhora das margens brutas. Resultados mais fortes já devem ser notados no segundo semestre de 2012, segundo a gestão das companhias.

A analista Juliana Rosembaum, da Itaú Corretora, estima melhores condições também na negociação com fornecedores após a fusão. Em um prazo mais curto, as duas companhias devemn apresentar resultados sólidos. “Raia deve manter o ritmo robusto das vendas no conceito “mesmas lojas”, enquanto Drogasil deve apresentar forte recuperação dos números fracos do último trimestre”, afirma Juliana.