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SÃO PAULO (Reuters) – A varejista Americanas (AMER3) anunciou na quarta-feira (7) planos para que o Submarino ganhe o mundo físico após 23 anos de operações on-line, através da abertura de quiosques para venda de acessórios de tecnologia, como os usados com celulares e computadores.
A empresa ainda dá poucos detalhes sobre o projeto, cujo primeiro ponto foi aberto semana passada em Barueri (SP). “O nosso propósito é atuar nesse segmento de tecnologia com a marca Submarino e se tornar uma referência nacional para essa categoria”, disse Wellington Santos, presidente-executivo do Grupo Uni.co, que está por trás da iniciativa. O executivo não fez projeções sobre as aberturas dos pontos físicos de venda do Submarino.
Os quiosques serão estabelecidos no modelo de franquia, de 6 ou 9 metros quadrados cada. Por isso, a iniciativa será gerida pela Uni.co, plataforma adquirida em 2021 pela Americanas que opera franquias como Puket e Imaginarium.
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O Submarino, hoje um site voltado especialmente para venda de produtos eletrônicos, se juntou à Americanas.com em 2006, formando na ocasião à B2W — que, por sua vez, se uniu à Lojas Americanas no ano passado para formar a Americanas.
Em seu site, o Submarino vende desde capinhas para celular até livros, games, celulares e computadores, mas os quiosques terão foco inicial em acessórios, com sortimento de 700 produtos.
Santos, afirmou que o número de produtos pode evoluir ao longo do tempo e que não está descartada a expansão de quiosques de bom desempenho em lojas maiores, em modelo semelhante ao que ocorre com as marcas atuais da Uni.co. O projeto deve começar em grandes capitais, em especial em shoppings, segundo ele.
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Cada quiosque deve demandar investimento de 120 mil reais, e a Americanas estima um rentabilidade líquida de 10% a 15% aos franqueados, a depender da região, com retorno entre 12 meses a 24 meses, “podendo chegar a 30 meses”, disse ele.
A Americanas viu suas vendas totais caírem 8,3% no terceiro trimestre ante um ano antes, diante de recuo de 14,4% nas vendas no comércio eletrônico, à medida que a demanda por produtos de informática e eletroeletrônicos diminuiu no varejo em geral como impacto do cenário macroeconômico.
A companhia afirmou que o espaço dos quiosques Submarino poderá ser utilizado para retirada de produtos comprados nas operações de comércio eletrônico, guardadas as proporções do modelo.
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Santos disse que o setor de acessórios é um mercado em crescimento e que “não tem um grande grupo” atuando nele. “O grande diferencial é a força de marca Submarino”, afirmou ele.
A Americanas comprou o controle (70%) do grupo Uni.co em 2021 por valor não revelado, podendo adquirir o restante nos próximos anos, sendo que um dos objetivos da transação era explorar o segmento de franquias. A Uni.Co é franqueadora de cerca de 450 lojas em quatro marcas diferentes.
Questionado sobre se o modelo de franquia pode ser levado também para outras marcas da Americanas, o executivo evitou dar detalhes, afirmando apenas que o foco agora está no projeto do Submarino.