Analistas esperam ver estabilidade no resultado do 1T11 da BM&F Bovespa

Spinelli aposta em queda no Ebitda e pequena evolução no segmento Bovespa; Já o segmento BM&F deve registrar boa performance

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SÃO PAULO – Agendado para ser divulgado nesta quinta-feira (12) após o fechamento do pregão, o resultado do primeiro trimestre da BM&F Bovespa (BVMF3) deverá trazer números “similares” àqueles apresentados nos trimestres anteriores. Segundo as projeções da Spinelli Corretora, apenas o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado deve apresentar recuo mais significativo, tanto em comparação trimestral (-9,9%) como anual (-8,8%).

O segmento BM&F, que abrange os derivativos e os contratos futuros, deve apresentar dados mais positivos do que o Bovespa, segundo a visão de Daniel Malheiros, responsável pelo relatório da Spinelli. Um dos pontos destacados por ele nesse segmento é o ADTV (Volume Financeiro Médio Diário, na sigla em inglês), que deve mostrar um avanço expressivo de 13,3% frente ao mesmo período do ano anterior, graças a um maior volume de contratos de taxa de juros em reais.

Por outro lado, a RPC (Receita por Contrato) deve recuar, passando de R$ 1,12 para 1,04, avalia Malheiros.

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No segmento Bovespa, por sua vez, não é esperado oscilações mais significativas no desempenho operacional, com o analista projetando leve queda de 0,7% para o ADTV na comparação com o quarto trimestre de 2010, mas uma alta de 2,1% ante os primeiros três meses do ano passado. Já o valor de mercado das empresas deve mostrar leve avanço de 0,4% em relação aos últimos três meses de 2010, diz Malheiros.

Confira as estimativas para BM&F Bovespa

Estimativas da Spinelli para BM&F Bovespa
(em milhões de R$) 1T11E 1T10 Variação 4T10 Variação
Receita Líquida 473,7  456,7 +3,7% 470,1 +0,8%
Ebitda  309 332,2 -8,8% 336,4 -9,9%
Lucro Líquido 266,6 280,1 -4,8% 261,8 +1,8%
Fonte: Spnelli

Recomendação
O analista da Spinelli ressalta a recomendação de manutenção para as ações da BM&F Bovespa, com preço-alvo de R$ 14,12 representando um potencial de valorização de 19,7%, tendo como base a cotação de fechamento da última quarta-feira (11).