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SÃO PAULO – Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ex-presidente da Petrobras (PETR3;PETR4) José Sérgio Gabrielli ressaltou que está acompanhando de perto as investigações de corrupção na Petrobras e voltou a questionar o esquema de desvios ocorrido em sua gestão a mando do doleiro Alberto Youssef, referindo-se à suposta propina que rendia 3% dos contratos com a estatal.
“Primeiro que isso não está provado. E 3% de todos os contratos são R$ 4 bilhões. Não tem como chegar a isso”, disse ele em entrevista ao Valor.
Quando foi entrevistado, não tinha sido informado oficialmente da ação de bloqueio de bens decidida pelo Ministério Publico do Rio de Janeiro.
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Sobre o pré-sal e a política de preços, Gabrielli destacou que a política de não repassar a volatilidade de preços para o dia-a-dia dos brasileiros é correta, mas isso não significa que “eu defenda dois anos, três anos, com preços abaixo do mercado internacional”. E ainda falou sobre a ameaça ao pré-sal.
Paulo Roberto Costa é dissimulado
Gabrielli afirmou ainda que o delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, é um “dissimulado”. “Eu acho que ele foi dissimulado, uma pessoa extremamente fria, porque fazia isso e ninguém sabia. Fazia isso fora da Petrobras”.
“Porque não se pode dizer, a partir do comportamento criminal de algumas pessoas, criminalizar uma empresa do tamanho da Petrobras com a complexidade que ela tem e com os procedimentos que ela tem. A Petrobras é a maior produtora do mundo hoje, fora as árabes”, acrescentou.