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SÃO PAULO – A dívida bruta da Petrobras (PETR3; PETR4) atingiu R$ 506,5 bilhões, conforme informou a companhia em seu demonstrativo do exercício referente ao terceiro trimestre deste ano. É o maior patamar já registrado na história da companhia, superando os R$ 415,5 bilhões declarados no final da primeira metade de 2015, fator que se destacou na análise dos especialistas preocupados com a saúde financeira da estatal. Conforme argumentaram os diretores em coletiva de imprensa realizada na noite da última quinta-feira, pesou sobre o agravamento da situação o movimento de valorização do dólar, que beirou os 30% no período.
Em relatório divulgado nesta sexta-feira (13), a empresa de consultoria Economatica apresentou a evolução do nível de endividamento da Petrobras desde o primeiro trimestre de 2013, quando ficou na marca dos R$ 31,032 bilhões. A curva crescente tornou-se mais íngreme ao final de 2010, quando marcou R$ 117,92 bilhões. Movimento similar foi visto no comportamento da dívida líquida, tendo em vista que a situação de caixa pouco cresceu no período quando comparado com as demais variáveis observadas pelo estudo.
Em uma conversão da dívida bruta da Petrobras em dólares, com base na cotação da moeda americana no fechamento trimestral, o valor alcançaria algo em torno de US$ 127,5 bilhões, colocando a estatal brasileira no incômodo posto de segunda companhia mais endividada em todo continente americano, superando levemente outras duas empresas estadunidenses e atrás da General Eletric, com dívida de US$ 226,506 bilhões. A apuração foi feita pela empresa de consultoria Economatica. Confira a tabela mais detalhada:
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EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO COM AS MAIORES DÍVIDAS DA AMÉRICA | |||
Empresa | País | Setor | Dívida bruta em setembro de 2015 |
General Eletric | EUA | Eletroeletrônicos | US$ 226,506 bilhões |
Petrobras | Brasil | Petróleo e Gás | US$ 127,510 bilhões |
AT&T | EUA | Telecomunicações | US$ 126,930 bilhões |
Ford Motor | EUA | Veículos e peças | US$ 126,425 bilhões |
Verizon Comm | EUA | Telecomunicações | US$ 112,324 bilhões |
Fonte: Economatica
No mesmo relatório, os analistas ainda aproveitaram para ressaltar que, no terceiro trimestre deste ano, o prejuízo de R$ 3,75 bilhões foi o terceiro maior já registrado pela empresa em sua história, perdendo apenas para as perdas no quarto trimestre de 2014 – R$ 26,6 bilhões – e no terceiro trimestre do mesmo ano – R$ 5,33 bilhões.
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