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SÃO PAULO – Em um dia bastante negativo para o mercado, as ações da BR Malls (BRML3) conseguiram se destacar na ponta compradora do Ibovespa. Os papéis BRML3 terminaram o dia com valorização de 3,76%, aos R$ 22,10 – cotação máxima do intraday -, ocupando o posto de segunda maior alta do benchhmark da bolsa, que, por sua vez, fechou com queda de 1,71%.
O volume financeiro movimentado pelos papéis da BR Malls também impressionou, totalizando R$ 86,4 milhões, quase o dobro da média diária vista nos últimos 21 pregões – algo em torno de R$ 45 milhões.
Essa alta dos ativos da administradora de shoppings está relacionada à divulgação das prévias de vendas de lojistas no 2º trimestre, que apontou alta de 22,5% em relação ao mesmo período de 2011. A companhia também informou que as vendas das mesmas lojas cresceram 7% no período, contra 10% no primeiro trimestre de 2011.
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Para o analista da Amaril Franklin, Eduardo Machado, esses números vieram melhores do que o esperado pelo mercado. Eles são considerados positivos para a companhia, já que grande parte da receita está atrelada à venda dos clientes, indicando um maior otimismo com relação à companhia.
Melhores perspectivas
Ao olhar para o longo prazo, o analista espera bons resultados para a BR Malls, apesar do cenário de desaceleração econômica vivenciada pelo Brasil. Isso porque, segundo o analista, as expectativas para o segundo semestre desse ano são mais positivas, já que, normalmente, o desempenho do comércio nesse período é melhor.
“No primeiro semestre, a população costuma consumir menos, já que ainda tem muitas dívidas e impostos a pagar, como IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), material escolar, entre outros. Assim, sem essas despesas recorrentes na segunda metade do ano, há uma maior propensão ao consumo”, analisa Machado.
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Além disso, a companhia se destaca por ser uma das mais agressivas do setor, com muito apetite para investimentos e aquisições, boa velocidade de crescimento e com um perfil bastante dinâmico, conclui o analista. Vale ressaltar que, no ano, os papéis BRML3 já subiram cerca de 22%, enquanto o Ibovespa se desvalorizou mais de 5% no mesmo período.