Apple perde US$ 45 bilhões em valor nesta terça após anúncio de novas estimativas

É a segunda vez que a companhia reduz suas projeções de lucros por conta de eventos na China

Pablo Santana

Logotipo da Apple (Shutterstock)
Logotipo da Apple (Shutterstock)

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SÃO PAULO –  As ações da Apple caem até 3,2% no pregão desta terça-feira (18), depois que a multinacional reduziu as suas estimativas de receita trimestral em consequência do coronavírus.

É a segunda vez que a companhia, liderada por Tim Cook, reduz suas projeções de lucros por conta de eventos na China, um dos seus principais parceiros comerciais.

O coronavírus paralisou a produção e logística da Apple na China, atingindo a oferta e a demanda da empresa que ainda conta com a maioria de suas 42 lojas no país fechada. A queda das vendas na China será o impacto mais imediato nas contas da Apple neste trimestre.

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A paralisação obrigatória das fábricas da Foxconn criou uma escassez temporária de produtos para a produção do iPhone, de acordo com o comunicado – podendo criar riscos para a receita global do seu principal produto nos próximos meses.

A empresa planeja retomar suas operações no território chinês “da maneira mais constante e segura possível”. A queda nas ações significa uma perda de US$ 45 bilhões em sua avaliação de mercado desde a abertura de terça-feira.

A orientação divulgada no relatório de lucros anterior da companhia “refletia as melhores informações disponíveis na época, bem como nossas melhores estimativas sobre o ritmo de retorno ao trabalho” após o feriado prolongado do Ano Novo Lunar, informou a empresa.

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Em meio ao surto da doença, a empresa ainda não desistiu dos seus planos para 2020. Ela se prepara para lançar um iPhone de baixo custo por cerca de US$ 400, tendo seu lançamento confirmado ainda para março, segundo o Business Insider.

A Apple também prepara modelos atualizados do iPad Pro com um novo sistema de câmera para o primeiro semestre de 2020, lançamentos que também podem ser afetados pela crise de saúde.

A redução reacendeu o debate sobre o papel da China nos negócios da Apple. Os produtos são fabricados no país com mão de obra barata e exportados para o mundo em questão de dias.

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Dependendo da Foxconn Technology, de Taiwan, para executar operações no terreno e dos altos investimentos chineses em transporte para garantir a logística, a Apple se tornou uma empresa de trilhões de dólares vendendo principalmente iPhones, iPads, Macs e acessórios fabricados na China.

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Pablo Santana

Repórter do InfoMoney. Cobre tecnologia, finanças pessoais, carreiras e negócios