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SÃO PAULO – O Banco Pine (PINE4) anunciou na véspera um aumento de capital de R$ 155 milhões, com aporte predominantemente estrangeiro. Esse movimento, contudo, tende a continuar no segundo semestre, segundo informou Norberto Zaiette Junior, vice-presidente de finanças da instituição, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (7).
Mas a captação não se restringirá ao mercado externo. “Queremos ser participantes constantes no segmento de letras financeiras”, destacou Zaiette. “Assim que tiver uma janela – e acreditamos que ela ocorrerá no segundo semestre – queremos voltar às emissões”, complementou.
A companhia captou R$ 313 milhões em letras financeiras no mercado doméstico no primeiro semestre, e reforma que manterá o modelo de oferta pública. Vale destacar, ainda, que o valor total autorizado em assembleia para a emissão era de R$ 500 milhões.
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“As letras são as debêntures do mercado financeiro, ou seja, uma forma muito segura de se financiar, além de possuir prazos mais longos e a possibilidade de renegociação no mercado secundário”, afirmou Zaiette.
O executivo aponta que esse tipo de negócio é fundamental para impulsionar as operações do banco, diversificando as fontes de financiamento – ainda mais num momento em que o mercado externo está mais seletivo quanto aos seus investimentos, por conta da crise.
Nicho corporativo
Nesse sentido, a instituição pretende fortalecer o Pine Investimentos, cujo objetivo é chegar a 10% de participação na receita do banco em 2012 – no ano passado, o segmento respondeu por 5%.
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O mercado externo, contudo, continua na mira da instituição. “No final do ano passado fizemos uma captação islâmica e, nesse semestre, conseguimos trazer o banco de fomento francês Proparco a realizar sua primeira operação na América Latina”, disse Zaiette. “Estamos prospectando com nossos clientes de forma recorrente”, complementou.
O aumento de capital anunciado na véspera envolve a injeção de €10 milhões do Proparco, além de R$ 30 milhões do banco alemão DEG e aporte de acionistas controladores e da alta diretoria do Pine, segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Resultados
O Pine fechou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 46 milhões, o que representou um aumento de 27,8% sobre o mesmo período do ano passado. O desempenho, de acordo com a instituição, foi ajudado pelo crescimento da carteira de crédito e pela maior participação da área de investimentos no resultado.
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O banco viu sua carteira de crédito se expandir em 18,6% frente ao segundo trimestre de 2011, para R$ 7,478 bilhões (incluindo fianças e títulos privados). As operações de crédito continuaram, em sua maioria, de curto prazo – sendo que 53% do portfólio vence em menos de 360 dias.
O ramo de crédito foi responsável por cerca de 60% das receitas da companhia. As operações de hedge ficaram com 20%, enquanto que o Pine Investimentos procura se consolidar em 10%, conforme estimativas do vice-presidente de financas do banco.