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A BioNTech é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento alemã que ficou famosa mundialmente quando, em 2020, se uniu à Pfizer para produzir vacinas contra a covid-19 em tempo recorde. Agora, a companhia dá mais um passo com destino à inovação ao adquirir a startup de inteligência artificial InstaDeep. O acordo entre as duas empresas está avaliado em 562 milhões de libras (cerca de R$ 3,1 bilhões), o que seria o maior negócio da biofarmacêutica alemã de todos os tempos.
O contato entre as duas marcas vem acontecendo desde 2019, quando formaram uma parceria estratégica de longo prazo para produtos baseados em AI. Em janeiro do ano passado, a BioNTech chegou a fazer um aporte de 100 milhões de libras na startup, visando a criação de um sistema de alerta para a prever novas variantes do coronavírus.
Segundo a BioNTech, o objetivo da aquisição anunciada nesta semana é acelerar o processo de descoberta de novos medicamentos por meio da aprendizagem de máquina. O foco principal da biofarmacêutica seria desenvolver tratamentos personalizados para pacientes de câncer.
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“Imaginamos a construção de um líder mundial que combine pesquisa biofarmacêutica e IA com o objetivo de projetar imunoterapias de próxima geração que melhorem os cuidados médicos – assim, ajudando a combater o câncer e outras doenças” disse Ugur Sahin, CEO e cofundador da BioNTech.
As empresas trabalham com a expectativa de encerrar a transição já no primeiro semestre deste ano, com a startup se tornando peça-chave na estratégia tecnológica. A biofarmacêutica também prevê a contratação de 240 novos funcionários entre profissionais de inteligência artificial, machine learning, bioengenharia, ciência de dados e desenvolvimento de software.
”A aquisição do InstaDeep nos permite incorporar as capacidades de IA em rápida evolução do mundo digital em nossos processos de tecnologias, pesquisa, descoberta de medicamentos, fabricação e implantação. Nosso objetivo é tornar a BioNTech uma empresa de tecnologia onde a IA esteja perfeitamente integrada a todos os aspectos do nosso trabalho”, completou o executivo.
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BioNTech vai usar banco de dados público
Ainda no Reino Unido, na semana passada, a BioNTech firmou parceria com o governo para investir em terapias de RNA mensageiro. Esse tipo de tecnologia usa parte do código genético de um vírus para induzir as células do corpo a produzirem proteínas específicas.
O negócio tem três frentes de atuação: desenvolver imunoterapias contra o câncer, produzir vacinas contra doenças infecciosas e expandir a presença da BioNTech no espaço britânico. Com isso, a empresa vai ter acesso ao banco de dados público para recrutar pacientes e acelerar os ensaios clínicos.
Ainda segundo os envolvidos, os trabalhos começam no próximo semestre e os primeiros resultados poderão ser vistos até 2030.