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As exportações brasileiras de suco de laranja alcançaram 1,029 milhão de toneladas e renderam US$ 2,038 bilhões na safra 2022/23, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Sucos Cítricos (CitrusBR), que representa gigantes do setor Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus Company (LDC).
O volume dos embarques, que inclui suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, em inglês) e a bebida pronta para beber (NFC) convertida ao equivalente em FCOJ, caiu 0,81% em relação ao ciclo 2021/22, mas a receita cresceu 16,1%, graças ao aumento do preço médio das vendas. Responsável por mais de 80% das exportações globais, o Brasil ampliou seu domínio nesse mercado, tendo em vista os problemas enfrentados pelos Estados Unidos na temporada.
EUA ampliam compras
Segundo maior país exportador de suco de laranja do mundo, os EUA mais uma vez sofreram com adversidades climáticas e com a proliferação da doença conhecida como greening e não só venderam menos ao exterior como incrementaram as compras do produto brasileiro. Foram 328,1 mil toneladas, 55,3% mais que em 2021/22, pelas quais os americanos pagaram US$ 691,5 milhões, alta de 79,7%.
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A derrocada dos EUA se somou à restrição da oferta brasileira, afetada por três safras seguidas de laranja relativamente pequenas no cinturão citrícola que se espalha por São Paulo e Minas Gerais, o maior do mundo. Daí o aumento dos preços no mercado internacional, de acordo com análise divulgada por Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR.
UE ainda lidera
A União Europeia permaneceu como o principal destino das exportações brasileiras em 2022/23. Mas as vendas para o bloco caíram 16,2% em volume, para 548,1 mil toneladas, e permaneceram praticamente estáveis em receita (US$ 1,1 bilhão). E, segundo a CitrusBR, a China se consolidou como o terceiro mais importante destino para o suco brasileiro no exterior.
O volume de vendas ao país asiático ficou estável em 81,3 mil toneladas, mas a receita subiu 154,7%, para US$ 242 milhões. Esse salto surpreendeu um executivo do segmento ouvido pelo InfoMoney, uma vez que a retomada do ritmo de crescimento da economia chinesa tem sido mais lenta do que gostariam outras cadeias exportadoras no Brasil. Segundo essa fonte, a demanda por suco de laranja na China aumentou no auge da pandemia e, ao que tudo indica, de fato mudou de patamar.
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