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SÃO PAULO – O BTG Pactual elevou de venda para neutra sua recomendação às ações da São Martinho (SMTO3), elevando ainda de R$ 12,00 para R$ 24,00 o preço-alvo para os papéis. Este valor representa um upside (potencial teórico de valorização) de 4,84% em relação ao fechamento da última sessão.
Rafael Fonseca e Gustavo Gattass, que assinam o relatório, basearam a elevação em dois pontos principais. O primeiro está na perspectiva positiva de resultados operacionais em 2012, enquanto a segundo, encontra-se nos benefícios da reduação da alvancagem que a companhia busca, após o acordo com a Petrobras (PETR3, PETR4), que prevê a produção de etanol na região Centro-Oeste do País.
Contudo, os analistas alertam que apesar das boas perspectivas para os papéis, boa parte deste cenário favorável pode já estar precificado, uma vez que as ações da empresa registraram performance superior com relação ao Ibovespa desde janeiro de 2010 (+44% vs.+3%), bem como frente ao setor de açúcar (+15%) e etanol (+19%).
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“Pode haver ainda espaço para mais [valorização], mas isso depende de quanto tempo o preço do açúcar permanecerá em alta”, avaliou a dupla, que acredita que a perspectiva para o preço da commodity é positiva e que um posicionamento junto à São Martinho é a melhor opção para se beneficiar deste cenário.
Importância dos hedges
Para Fonseca e Gattass, as operações de hedge serão fundamentais para o bom desempenho da companhia, a qual já colocou 34% da produção de açúcar do ano de 2012 em contratos desta natureza.
A dupla calcula que se toda a produção do ano estivesse protegida por hedge, de acordo com as curvas de preço futuro, haveria um acrescimo de 17% nas estimativas para o Ebitda (geração operacional de caixa), para R$ 582 milhões.