CEO do Google minimiza concorrência com ChatGPT: “Há momentos em que ser o primeiro não importa muito”

Sundar Pichai comenta sobre projeto para reduzir custos operacionais e desconversa sobre novas demissões

Equipe InfoMoney

Sundar Pichai, CEO do Google (Bloomberg)
Sundar Pichai, CEO do Google (Bloomberg)

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O presidente-executivo do Google (GOOGL), Sundar Pichai minimizou a disputa com a Microsoft (MSFT34) no mercado de inteligência artificial após a companhia fundada por Bill Gates sair na frente com o ChatGPT, de sua controlada OpenAI.

“Talvez a janela de oportunidade deles fosse um pouco diferente como uma startup em comparação com uma empresa como o Google. Temos que manter o foco em quão bem podemos usar essa tecnologia e incorporá-la em nossos produtos”, disse Pichai em entrevista publicada neste sábado (8) pelo Wall Street Journal.

“Ao longo da nossa história, existem muitas áreas onde não fomos os primeiros. Não desenvolvemos o primeiro mecanismo de busca e não desenvolvemos o primeiro navegador, por exemplo. Há momentos em que ser o primeiro importa muito e, outras vezes, não”, acrescentou.

Para os próximos meses, Pichai projetou o crescimento das funcionalidades do Bard, plataforma lançada pelo Google para concorrer com o ChatGPT. O executivo evitou dar detalhes, mas disse que a tendência é de que a ferramenta continue fora do ambiente de buscas do Google.

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“Talvez o futuro [da ferramenta de pesquisa] não seja nem a página atual ou o Bard, mas uma mistura desses dois elementos”, explicou Sundar Pichai.

O presidente-executivo do Google também comentou sobre como pretende entregar 20% mais de eficiência operacional neste ano diante do contexto de forte aperto monetário.

“Estamos literalmente analisando todos os aspectos do que fazemos e, como dissemos em nossa última teleconferência de resultados, estamos pensando em como reprojetar nossa base de custos de maneira durável”, afirmou Pichai.

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Por fim, o CEO do Google desconversou ao ser perguntado se haverá novas demissões após o corte de 12 mil funcionários no início do ano.

“Queremos ter certeza de que estamos perseguindo todas as oportunidades de longo prazo que temos pela frente com o investimento necessário. É um equilíbrio acertar os dois, mas estamos fazendo os dois”, concluiu Sundar Pichai.