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A Cobasi, rede de pet shops, anunciou a compra da rede Mundo Pet, com 14 lojas no Nordeste, nesta quarta-feira (21). Com a aquisição, que ainda precisa ser aprovada pelo Cade, a empresa dobra o tamanho de sua operação na região e ultrapassa a marca de 200 lojas no Brasil distribuídas em 16 estados brasileiros e o Distrito Federal.
Este foi o mais recente capítulo de uma estratégia agressiva de expansão da rede que busca retomar a dianteira no setor de animais domésticos. Fechando o ano de 2022 com 188 lojas próprias, a companhia ultrapassou a marca de R$ 2,6 bilhões de faturamento este ano e abocanhou cerca se 6% de um mercado ainda bastante pulverizado.
De acordo com Paulo Nassar, um dos fundadores da Cobasi e o atual CEO da companhia, outra estratégia da companhia para crescer passou por uma injeção de capital externo. “A Cobasi, via caixa próprio, tem um limite para a sua expansão”, afirmou em entrevista exclusiva ao podcast Do Zero ao Topo. Esse limite, informa Nassar, estaciona entre 18 e 20 novas lojas por ano e, até pouco tempo atrás, a companhia estava bem crescendo nesse ritmo.
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Mas, em 2021, a companhia quis acelerar. Para isso, recebeu um investimento de R$ 300 milhões da Kinea, que se tornou uma sócia minoritária. “Nosso interesse no negócio não era apenas o dinheiro, mas trazer um sócio com visão estratégica para auxiliar na consolidação da nossa governança e para futuros M&As”, afirma Nassar. A Cobasi, que ainda é uma empresa familiar, já tinha um conselho formado, mas com a chegada de um sócio, passou a consolidar o fórum e o reporte mensal não apenas de resultados, mas de caminhos estratégicos. O resultado da negociação também foi um ‘pé no acelerador’. Em 2021, a Cobasi abriu 37 lojas e, em 2022, fez 41 inaugurações.
Com as mudanças na governança, a empresa poderia estar abrindo caminho para um IPO? Segundo Nassar, a Cobasi não tem pressa para fazer um IPO e está disposta a esperar pelo momento certo. “Ele é bem-vindo no momento correto para a empresa. Tudo depende de outras coisas também: não fazemos IPO quando queremos, mas quando o mercado quer (…) O IPO deve vir no momento propício. Não sei se esse ano é 2023. Há muita insegurança no mercado de capitais com a troca do governo e o mercado precisa abrir não só aqui, mas nos Estados Unidos e Europa”, diz.
Com ou sem abertura de capital, a Cobasi enxerga muito ‘mar azul’ pela frente. “Podemos consolidar esse mercado e continuar sendo bem sucedido e para isso vamos precisar de muito capital. Ainda existem centenas de cidades que não são atendidas no Brasil”, afirma Nassar.
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A história da Cobasi
A Cobasi chegou no mercado de pets e plantas quando tudo ainda era mato. Foi fundada em 1985 por uma família, o pai, Rames Nassar, e três filhos, João, Paulo e Ricardo como uma loja para vender produtos agropecuários – de feno para cavalos a selas de montaria.
A primeira virada da companhia aconteceu no final dos anos 1988, quando a Purina, fabricante de rações, decidiu abrir uma unidade de alimentos para cães e procurou a Cobasi, que já vendia rações para gado, porcos e outros animais de grande porte. “Resolvemos experimentar e ver se vendia. E percebemos que as pilhas de rações para cães diminuía muito rápido”, lembra Paulo Nassar, o atual CEO da Cobasi, em entrevista ao podcast Do Zero ao Topo. Com o sucesso nas vendas, a Cobasi mudou de foco para animais de estimação e a aposta se mostrou muito certeira.
De lá para cá a empresa multiplicou muitas vezes de tamanho e passou por muitas mudanças de foco. Nassar relembrou a história do começo da Cobasi até o seu momento atual, como consolidadora do mercado de pets, no episódio 147 do podcast Do Zero ao Topo. O programa está disponível em vídeo no YouTube ou em áudio em ApplePodcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox e Amazon Music.
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Sobre o Do Zero ao Topo
O podcast Do Zero ao Topo traz, a cada episódio, um empreendedor(a) ou empresário(a) de destaque no mercado brasileiro para contar a sua história, compartilhando os maiores desafios enfrentados ao longo do caminho e as principais estratégias usadas na construção do negócio.
O programa já recebeu nomes como José Galló, executivo responsável pela ascensão da Renner; Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos; Rony Meisler, da Reserva; o empresário Abílio Diniz; Alcione Albanesi, do Amigos do Bem, Stelleo Tolda, um dos fundadores do Mercado Livre e Rodrigo Galindo, da Cogna.