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Com o custo de capital muito alto e a maior seletividade da parte dos fundos de venture capital, obter uma nova rodada de capital é motivo de comemoração para qualquer startup. Com a Cobli, empresa que atua em gestão de frotas, não é diferente. “Os investidores estão mais pragmáticos e buscam produtos mais resilientes”, resume Rodrigo Mourad, CEO da Cobli, empresa que atua em gestão de frotas e que anuncia nesta quarta-feira (12) um aporte de R$ 100 milhões.
A rodada foi liderada pela IFC (International Finance Corporation, do Banco Mundial) e Fifth Wall. Também acompanharam a rodada Qualcomm Ventures, NXTP Ventures e GLP que já investiam na startup. O Softbank, que ancorou uma rodada anterior em 2021, de R$ 175 milhões, não participou deste aporte, mas segue como sócia da Cobli. O valuation não foi divulgado, mas o CEO afirma que a operação não foi um downround (rodada de investimento em que o valor de mercado da companhia é reduzido).
Mourad afirma que os recursos captados serão destinados para reforçar o produto para grandes empresas, embora M&As não estejam descartados. Com cerca de 5 mil clientes pelo país, a startup quer reforçar sua presença entre frotas maiores, onde há mais potencial para a venda de produtos com maior valor agregado. Outra estratégia é aumentar a presença na América Latina, com abertura de escritórios em outros países da região.
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Fundada em 2017, a Cobli aposta na tese de logística, incorporando sensores e câmeras a veículos de frotas, um mercado pouco explorado, na visão de Mourad. “No exterior, cerca de 70% dos veículos possuem algum tipo de monitoramento, aqui não chegamos a 20% e, quando tem, focamos apenas em dispositivos antirroubo”, afirma.
Os sensores da Cobli captam informações sobre localização, trajetos, acelerações, imagens de vídeo, frenagens e outros, enviando os dados para a plataforma e permitindo administrar, por exemplo, consumo de combustível, manutenções preventivas e até o modo de condução dos motoristas, em uma mistura de Hardware as a Service (HaaS) e Software as a Service (SaaS), duas teses que ganharam o gosto dos investidores por conta de sua receita recorrente e resiliência por trabalhar com o público corporativo (B2B).
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