Com cenário difícil para 2º semestre, ações da Unicasa despencam 15,56%

Repetindo movimento da véspera, papéis da companhia de móveis registram forte queda mesmo em dia positivo no mercado

Paula Barra

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SÃO PAULO – Repetindo o movimento da véspera, as ações da Unicasa (UCAS3) despencaram nesta quarta-feira (8). Os papéis da companhia recuaram 15,56% aos R$ 11,40, enquanto o Ibovespa avançou 2,12%, terminando aos 58.950 pontos. Na mínima do dia, os papéis chegaram a desvalorizar 18,52% quado eram cotados a R$ 11,00. O volume financeiro das ações também impressiona nesta sessão. Em pouco menos de duas horas de encerrar o pregão, os papéis já movimentaram 10 vezes mais do que a média dos últimos 21 pregões, tendo girado R$ 18,3 milhões. 

Na véspera, os papéis fecharam em queda de 10,0%, sinalizando a decepção do mercado com o resultado do segundo trimestre da companhia, que mostrou uma redução de 50% no lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano passado, avalia o analista Carlos Müller, da Geral Investimentos. Dessa forma, os ativos UCAS3 já acumulam perdas de mais de 24% desde que a empresa abriu seu capital na BM&FBovespa, em abril deste ano.

Resultado desaponta
“O resultado foi fraco, o que gerou essa forte reação nos papéis”, reforça o analista, que mantém a mesma visão da véspera, quando argumentou que o maior pessimismo do mercado com a companhia de móveis é a falta de perspectivas positivas para o segundo semestre. De acordo com o apontado pela Unicasa, o cenário até o final do ano será desafiador, assim como o observado até junho de 2012.

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Segundo a analista Juliana Rozenbaum, do Itaú BBA, o balanço ficou fraco em todos os segmentos, prejudicado por uma combinação de vendas fracas, fechamento de lojas, mix ruim, grandes descontos e as prováveis despesas não recorrentes e provisões para inadimplência. 

Ela, contudo, ressalta que o resultado fraco não reflete o potencial de longo prazo da companhia para aumentar a lucratividade com uma impressionante capacidade de gerar fluxo de caixa, o que continuam a sustentar sua recomendação outperform (desempenho acima da média) para o papel da companhia, com valor justo para final de 2012 de R$ 21,70 – o que representa um potencial de valorização de 60,74% em relação ao fechamento anterior.