Com maiores riscos políticos, ação do BB atinge seu menor patamar desde 2009

Intervenções governamentais nos juros da instituição trouxeram avaliações de risco maiores aos investidores

Marcel Teixeira

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SÃO PAULO – Em meio ao processo de corte de juros puxados pelas instituições financeiras públicas, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) apresentam desvalorização superior aos seus pares privados nesta segunda-feira (14). Os papéis BBAS3 recuaram 4,3%, valendo R$ 21,30 – seu menor fechamento desde 19 de agosto de 2009, quando havia fechado a R$ 21,24.

O desempenho foi bem pior se comparado com seus pares privados. É o caso do Itaú Unibanco (ITUB4, -2,10%, R$ 28,40), Bradesco (BBDC4, -2,10%, R$ 28,85) e Santander (SANB11, -1,48%, R$ 15,96). A queda também é maior se comparada ao Ibovespa, que recuou 3,21% nesta sessão, fechando aos 57.539 pontos, menor fechamento desde 29 de dezembro.

O analista da Geral Investimentos, Carlos Müller, afirma que a interferência do governo oferece maior risco na avaliação dos investidores, que optam por sair das ações desses bancos. “Em um momento de maior estresse do mercado como o atual, a avaliação de risco para estas instituições acaba sendo ainda maior”, afirma Müller.