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SÃO PAULO – Elogiando o sucesso da estratégia de ser uma incorporadora “pura” e acreditando na continuidade das altas margens operacionais, o Credit Suisse iniciou sua cobertura das ações da Helbor (HBOR3) com avaliação de outperform, ou desempenho acima da média do mercado.
O preço-alvo para os papéis foi fixado pela equipe da analista Vanessa Quiroga em R$ 33,50 para os próximos 12 meses, o que implica em um potencial teórico de valorização de 15,92% em relação ao fechamento de 4 de abril. “Acreditamos na Helbor como uma escolha interessante para investir no setor de construção civil”, afirma o relatório.
Estratégia bem executada
O banco suíço lembra que o planejamento de focar na compra de terrenos e desenvolver projetos não é exclusividade da empresa. Outras concorrentes já tentaram a fórmula, mas ela não funcionou para a maioria. Mas o texto mostra que alianças estratégicas fizeram com que a terceirização das vendas e construção dos empreendimentos desse certo.
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O que acontece é que a Helbor alinha os interesses de todas as partes envolvidas tornando-as verdadeiras parceiras. Com isso, seu retorno sobre patrimônio vem subindo acima das pares – expectativa de 24% em 2012, contra 15,5% do setor. O patamar deve ser sustentado neste ano, ainda, após um volume de lançamentos mais reduzido em 2011.
Velocidade e despesas sustentam margens
A equipe de Vanessa Quiroga também lembra que as despesas, em geral, são menores para a companhia. Os gastos gerais e administrativos representaram aproximadamente 3% de sua receita líquida no ano passado, contra 6% da concorrência. Essa eficiência traz boas margens, que a ajudam em momentos negativos para o mercado.
Isso é aliado, ainda, à alta velocidade de vendas conquistada pelas parceiras da Helbor. Desde o início de 2009, trimestralmente ela comercializa 36% a mais, em média, versus 25% das pares. Isso reduz rapidamente os estoques de terreno, o que diminuiu a quantidade de projetos futuros.
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Essa estratégia favorece a ideia da incorporadora de permanecer como uma imobiliária de tamanho médio, o que se adequa ao planejamento geral da empresa. O Credit Suisse elogia esse movimento, e diz que os lançamentos devem continuar menores até 2013, quando é esperada uma estabilização em R$ 3 bilhões.