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O Grupo Softplan, focada em softwares de gestão e produtividade, anunciou, hoje (1º) sua oitava aquisição e a primeira deste ano. A empresa adquirida foi a Prevision, construtech catarinense que procura eficiência no setor de construção civil. A empresa não abriu o valor da negociação.
A compra faz parte da estratégia de crescimento da companhia que captou R$ 130 milhões no ano passado, com a emissão da sua primeira debênture, e informou que iria às compras. Na época, em entrevista ao InfoMoney, Eduardo Smith, CEO da companhia, afirmou que “a captação de recursos vai acelerar nossa estratégia de crescimento”. A afirmação se mostrou concreta: desde então, a empresa fez três aquisições e parece ‘nadar’ no caminho contrário da maior parte das companhias do setor de tecnologia, que demonstra uma desaceleração nos últimos meses.
O movimento de M&A impulsiona ainda mais a estratégia de crescimento da companhia, que planeja faturar mais de R$ 760 milhões neste ano e realizar novas aquisições.
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Em 2022, a Softplan teve um faturamento de R$ 586 milhões, registrando um crescimento de 37% em comparação com o ano anterior, quando alcançou o patamar de R$428 milhões em faturamento. Boa parte disso vem do segmento de construção civil, capitaneado pelo Sienge, uma tecnologia utilizada por 4.000 empresas da construção que, sozinha, tem uma previsão de R$ 180 milhões de receita bruta em 2023.
Para Paula Lunardelli, CEO da Prevision, os benefícios vão além da sinergia de negócio. “Temos uma parceria de longa data com a Softplan e o alinhamento de propósito nos deixa ainda mais seguros para realizar esse movimento”, diz.
Mirando mais alto
Eduardo Smith, CEO da Sofplan, afirma que a empresa ainda tem outras negociações em movimento para aumentar o processo de crescimento inorgânico. “Estamos acelerando nosso crescimento por meio de aquisições para complementar nossa oferta”, afirma Smith.
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Com o movimento, o grupo pretende assumir a dianteira em soluções MultiSaaS do país. Esta área da companhia faturou R$ 249 milhões em 2022, 88% a mais do que em 2021. E a perspectiva é de crescer mais em 2023 e alcançar R$ 420 milhões. Boa parte desse crescimento acontecerá, segundo o CEO, por meio das aquisições realizadas pelo grupo.
“Crescemos fortemente em todos os negócios, sempre acima de 30%, seja na área de construção, jurídico privado ou eficiência e produtividade”, diz Smith. Para este ano, a perspectiva é que todas as empresas adquiridas pelo grupo continuem crescendo em média 30%, além de atingir um faturamento de R$ 760 milhões.
Do Zero ao Topo
A história da empresa, fundada nas horas vagas de três amigos de Santa Catarina, Moacir Marafon, Ilson Stabile e Carlos Augusto de Matos, foi tema do episódio 145 do podcast Do Zero ao Topo.
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Em maio de 2021, a empresa passou por uma mudança estrutural: um processo de sucessão. Como resultado disso, Eduardo Smith assumiu a cadeira recém-criada de CEO em maio de 2021.
Mas a história da empresa – e de seus fundadores – começou muito antes disso, em 1990 quando o trio de fundadores ainda dava expediente em uma repartição pública e passou a usar o tempo livre para desenvolver todo tipo de sistema para qualquer cliente que aparecesse. Mas os sistemas precisavam de manutenção, e o trio entendeu que havia uma oportunidade de negócio. Os três decidiram aproveitar um momento de incentivo à demissão de funcionários públicos e investir todo o tempo e dinheiro no empreendedorismo.
“Não compartilhei a decisão com a minha família. Acho que hoje, inclusive, faria diferente. Era casado, tinha dois filhos, e cheguei em casa e falei: ‘pedi demissão’. [Minha mulher falou]: ‘O quê? E se der errado?’ Vou vender pipoca, voltar a ser engenheiro, no sustento eu vou dar um jeito”, afirmou. “Foi uma decisão no impulso, não falei com muitas pessoas. Compartilhei com os sócios, porque a partir de então combinamos que íamos nos dedicar 100% à empresa”, afirmou.
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Sobre a história da Softplan e seus planos ambiciosos para o futuro, Moacir Marafon, falou no episódio 145 do podcast Do Zero ao Topo. O programa está disponível em vídeo no YouTube ou em áudio em ApplePodcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox e Amazon Music.
