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As exchanges de criptomoedas estão correndo para preencher o vazio deixado pela FTX, que já foi uma das maiores exchanges de derivativos para ativos digitais, em meio à uma queda de volume e liquidez nos mercados à vista.
O colapso da FTX se tornou uma oportunidade para outras bolsas conquistarem participação de mercado ou entrarem em um espaço agora dominado pela Binance, a maior bolsa de criptomoedas do mundo.
Algumas bolsas mostraram interesse em comprar a plataforma de derivativos da FTX nos EUA, enquanto outras estão apenas procurando construir novas bolsas de derivativos. Ao mesmo tempo, o desaparecimento de vários “bancos de criptomoedas”, como o Genesis Global, deixou os traders procurando outras maneiras de alavancar suas posições.
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“Existe um claro vácuo deixado no mercado de derivativos cripto, especialmente para entidades regulamentadas”, disse Tarun Chitra, sócio do fundo de risco cripto Robot Ventures. “Vimos várias empresas aparecerem no lado centralizado e também no lado descentralizado para preencher esse vácuo”.
Como plataforma de empréstimos cripto como Genesis e Voyager faliram, as plataformas de derivativos são um dos poucos locais restantes que permitem que os traders, especialmente as mesas de operações institucionais, alavanquem seus negócios em criptomoedas. As instituições preferem produtos como futuros e opções em vez de negociação à vista porque “os derivativos permitem que eles tenham a capacidade de operar a descoberto e proteger o portfólio”, disse David Martin, head de cobertura institucional da corretora de ativos digitais FalconX.
Os derivativos representam mais de 60% do volume total de negociações em exchanges cripto desde janeiro de 2022, de acordo com dados compilados pela CryptoCompare.
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Para os hedge funds que negociam principalmente em bolsas com sede nos EUA, como o CME Group Inc., de Chicago, os contratos futuros liquidados em dólar também os impedem de entrar em problemas específicos de cripto com nuances como a custódia dos ativos, acrescentou.
Oportunidade
Algumas bolsas de derivativos fora dos EUA oferecem uma alavancagem máxima de 100 vezes para algumas criptomoedas, mesmo depois que a Binance, por exemplo, reduzir a alavancagem máxima que usuários podem tomar para negociar contratos futuros de 100 para 20 vezes.
O abalo na indústria cripto “abre muitas oportunidades no mercado porque a participação de mercado da FTX não existe mais e também sua marca de inovação no setor obviamente obviamente também não”, afirmou Antonio Juliano, fundador e CEO da exchange descentralizada dYdX, em entrevista.
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Tanto a dYdX quanto seus pares, como a GMX, foram beneficiários diretos da implosão da FTX em novembro e imediatamente viram o volume de negociações disparar.
Agora que a FTX acabou, bolsas como Blockchain.com e Gemini estão demonstrando interesse em comprar a LedgerX, de propriedade da FTX, que está registrada na US Commodity Futures Trading Commission (CFTC, regulador de derivativos dos EUA) como uma bolsa de derivativos.
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Enquanto isso, a Wintermute, uma das maiores formadoras de mercado do setor cripto, disse recentemente que está “seriamente” considerando o lançamento de uma bolsa de derivativos para traders profissionais. E os ex-executivos do Jefferies Financial Group Inc. acabaram de lançar uma nova bolsa de criptomoedas que eventualmente se expandirá para derivativos. Tudo isso acontece enquanto os negócios de derivativos da Binance na Austrália estão sendo revisados.
Sobrevivência no “inverno”
Para exchanges de criptomoedas com o objetivo de diversificar seus fluxos de receita, a expansão para derivativos focados em instituições pode ajudá-los a enfrentar períodos de baixa de preços. Muitas bolsas dependem principalmente da receita de taxas de transação coletadas em negociações à vista por traders de varejo, cujo interesse em cripto diminuiu nos últimos tempos, principalmente após o colapso da FTX.
A recente alta do preço do Bitcoin também deu um impulso aos derivativos. A criptomoeda já mira no importante marco dos US$ 30.000 depois de ganhar cerca de 25% desde 8 de março, após a derrocada do Silicon Valley Bank (SVB).
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Os derivativos oferecem aos traders uma maneira de capitalizar a volatilidade do mercado enquanto gerenciam o risco em ambientes de mercado imprevisíveis. Mais investidores estão procurando exposição ao mercado, especialmente em derivativos, em meio à volatilidade dos preços, de acordo com Luuk Strijers, diretor comercial da bolsa de derivativos Deribit
A Deribit acaba de anunciar planos de lançar contratos futuros para facilitar a negociação de volatilidade do Bitcoin.
“Quando o mercado está se movendo de lado, vemos nosso volume cair”, disse Strijers. “No entanto, quando os mercados se movem, para cima ou para baixo, as pessoas tendem a usar opções e, claro, nós nos beneficiamos disso”.
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