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SÃO PAULO – A melhora das margens da Gafisa (GFSA3) no quarto trimestre de 2010 foi um dos principais pontos destacados pelo JP Morgan e pelo Credit Suisse na avaliação dos números trimestrais da companhia.
“A companhia vem melhorando sua margem Ebitda sequencialmente desde o último trimestre de 2009”, comentaram Adrian Huerta e Marcelo Motta, do JPMorgan. No mesmo sentido, a dupla de análise do Credit Suisse afirmou que a evolução nas margens é “bem-vinda”, frisando os 20,9% atingidos representam o maior patamar da margem Ebitda (relação receita líquida/ geração operacional de caixa) desde 2006.
Apesar disso, Marcello Milman e Alexandre Queiroz, analistas do banco suíço, apontam que a expectativa agora – deles e da própria Gafisa – é de acomodação das margens já no primeiro semestre de 2011, que devem ser pressionadas por custos de construção e os pouco rentáveis projetos da Tenda.
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Outros destaques
Ainda entre os pontos positivos, o JPMorgan aponta o lucro líquido acima do esperado, em função principalmente da redução de taxas que gerou um crédito de R$ 26 milhões para a companhia – algo que, na visão do Credit Suisse, é um evento único.
Além disso, segundo o JP Morgan, a Gafisa divulgou número de lançamentos e pré-vendas consideravelmente acima das projeções, sendo R$ 1,5 bilhão referente a lançamentos, o que representa uma alta de 54% na comparação anual, e R$ 1,2 milhão relativos à pré-vendas, alta de 22% na comparação com o terceiro trimestre. De modo geral, o banco norte-americano classificou o resultado como “encorajador em relação aos pares do setor”.
Por outro lado, o crescimento das receitas não animou os analistas.
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Recomendações
Em razão dos projetos pouco rentáveis apresentados pela Tenda, o Credit Suisse acredita que ainda é muito cedo para acreditar que as margens acima do esperado no quarto trimestre irão conduzir o futuro econômico da empresa.
Sendo assim, tanto o Credit Suisse como o JP Morgan mantêm recomendação neutra para as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 15,00, representando um potencial de valorização de 50,45% com base no fechamento da última terça-feira (29).