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O diretor presidente da Eztec, Silvio Zarzur, demonstrou irritação com a notícia de que o governo planeja mudanças no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e afirmou que não vê chance de sucesso nos termos da nova proposta. “Não acredito que eles tenham capacidade de fazer o que estão falando”, afirmou nesta quarta-feira, 15, o executivo, durante teleconferência com investidores e analistas.
O governo estuda alterar as formas de subsídio dentro do programa habitacional, passando a oferecer terrenos públicos para os empreendimentos e financiamento via FGTS para as construtoras, substituindo o crédito para o mutuário, de acordo com reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico.
Ainda não está claro se a medida diz respeito a todo o Minha Casa Minha Vida ou se apenas a faixas específicas, o que despertou questionamento de analistas durante a teleconferência.
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Para Zarzur, é difícil que haja terrenos públicos suficientes em todas as cidades cobertas pelo programa e nos locais que atraiam o interesse da população. “Será que tem o terrenos nos lugares onde as pessoas querem morar?”, questionou. “Acho difícil. Mas se o mercado vier, vamos analisar”, disse.
Zarzur também demonstrou irritação com as instabilidades no MCMV. “Estamos no Brasil. Cada dia tem uma história nova, cada dia uma coisa”, criticou. “Mas não estou preocupado. Estou acostumado com a mudança de política a toda a hora”.
Nos últimos anos, a Eztec passou a redirecionar alguns terrenos do segmento de média renda – um dos mais afetados pela crise – para o projetos dentro do MCMV, com maior liquidez.
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A perspectiva é de que os empreendimentos enquadrados no programa respondem por, aproximadamente, 20% dos lançamentos em 2019, enquanto os 80% restantes serão voltados para projetos residenciais de média e alta renda, que são o foco da sua atuação.
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