Diretor da Vale reforça que não há intervenção do governo na mineradora

Para Guilherme Cavalcanti, desconfiança dos investidores diminuiu e ações já se recuperam em relação a seus pares

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SÃO PAULO – Passado o clima de incerteza com a mudança no comando da Vale (VALE3, VALE5), os investidores já podem perceber que não há intervenção governamental na direção da mineradora. Essa é a percepção de Guilherme Cavalcanti, diretor executivo de finanças da empresa.

Durante o seminário Rio Investors Day, Cavalcanti lembrou que a mudança na presidência causou desconfiança entre investidores, contribuindo para a queda das ações. Contudo, com a chegada de Murilo Ferreira, alguns sinais de melhora já podem ser sentidos, à medida que o novo presidente está atuando para diminuir a resistência dos investidores, especialmente os estrangeiros.

Para Cavalcanti, a defasagem entre o preço das ações da Vale e das concorrentes já começou a diminuir, o que é um sinal positivo. “O Murilo Ferreira é um executivo competente e com experiência na empresa. Ele conhece a Vale”, acrescentou o diretor executivo.

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Dificuldade de fazer hedge
Contudo, Cavalcanti também lembrou que a valorização do real está dificultando o trabalho da mineradora em fazer hedge de seu caixa, para se proteger de oscilações. Isso porque a maior parte das receitas da companhia vem de moedas estrangeiras e 65% das despesas são em reais.