Diretor do Butantan diz que SP terá 15 milhões de doses de vacina chinesa até o fim do ano

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, ressalta, porém, que esse prazo depende diretamente da aprovação da vacina nos testes clínicos

Allan Gavioli

(Getty Images)
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SÃO PAULO – Nesta quarta-feira (12), o Instituto Butantan deu mais uma estimativa de quando a vacina contra a Covid-19 deve chegar a São Paulo. Em entrevista à GloboNews, Dimas Covas, diretor do órgão, estimou que a vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac deve chegar em no estado até o fim desse ano.

Covas ressalta, porém, que esse prazo depende diretamente da aprovação da vacina nos testes clínicos.

“A vacina estará disponível aqui no Butantan já em outubro. Nesse mês, receberemos cinco milhões de doses. Em novembro, mais cinco milhões e, em dezembro, mais cinco milhões. Essas doses já estão sendo produzidas lá na China, então no fim deste ano teremos 15 milhões de doses disponíveis aqui”, declarou o diretor.

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Covas ainda afirmou que, paralelamente ao envio das doses prontas, o Instituto também vai começar a receber, a partir de outubro, o ingrediente farmacêutico ativo da vacina para que inicie a produção do medicamento aqui.

Nessa etapa, o Instituto Butantan fica responsável por realizar os processos de finalização do medicamento, como formulação, preparo e envase.

“Além dessas 15 milhões de doses até dezembro, até o primeiro trimestre do ano que vem poderemos ter mais outras 15 milhões de doses. E, no primeiro semestre, chegar a 60 milhões de doses”, acrescentou.

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Depois que uma vacina é desenvolvida, o teste de eficácia do medicamento se divide em duas grandes etapas. A primeira delas é a pré-clinica, na qual são realizados testes em animais para comprovação dos dados obtidos em experimentações in vitro. E a segunda é a etapa dos testes clínicos em seres humanos, que é subdividida em três fases.

A primeira testa o medicamento em um menor número de voluntários (entre 20 e 80). Na segunda, esse número já chega a centenas de testados. Já a última etapa do teste clínico – a fase três – testa a eficácia do medicamento em um maior contingente de pessoas, que chega na casa dos milhares. Passada essa fase, a vacina é aprovada e pode ser produzida em larga escala.

Segundo a Sinovac, a fase três dos testes da CoronaVac deve ser concluída até meados de setembro. Pela fase de testes clínicos ser mais demorada, a previsão de uma vacina até o fim desse ano é bem otimista.

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A previsão de Dimas Covas é corroborada por João Doria, governador de São Paulo. No começo do mês, ele afirmou que a expectativa é imunização da população brasileira até fevereiro de 2021.

“A vacina é salvadora, ela vai trazer a normalidade de fato na vida dos brasileiros. Tudo indica que já estaremos com uma imunização plena, da totalidade da população brasileira, até o fim de fevereiro. Olhando sempre com olhar otimista, realista”, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes na semana passada.

Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.