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No mês que vem, quando o Magazine Luiza (MGLU3), a segunda maior varejista de eletrodomésticos e móveis do País, divulgar os resultados do último trimestre de 2016, o desempenho será no sentido oposto da mais profunda e longa recessão que a economia brasileira enfrenta.
“Posso afirmar que fechamos 2016 muito bem e o nosso último trimestre foi melhor do que o último trimestre de 2014, que foi um momento pré-crise”, afirmou o presidente da rede varejista, Frederico Trajano. Ele destaca que era “fácil” crescer em relação ao 4º trimestre de 2015, porque a economia já estava mergulhada na recessão.
A empresa, segundo ele, em parte foi beneficiada porque a concorrência foi muito machucada pela crise. “Há muitos concorrentes menores, que perderam mercado porque não tinham liquidez ou condição de compra de produtos”, contou.
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A outra parte do bom desempenho Trajano atribui ao fato de a varejista ter reduzido custos, tornando-se mais eficiente. No 1º semestre de 2016, a empresa renegociou os contratos de aluguéis e não abriu lojas. As inaugurações ficaram concentradas no 2º semestre e no ano passado inteiro foram abertos 20 pontos de venda, menos da metade da média histórica.
Sem revelar os números do último trimestre de 2016, o presidente da companhia disse que a adoção dessa estratégia resultou no avanço do comércio eletrônico, que respondeu por 25% das vendas da rede no 3º trimestre, e no crescimento marginal do volume de negócios nas lojas físicas. No 3º trimestre, os resultados divulgados mostraram uma virada: lucro líquido de R$ 24,8 milhões contra prejuízo de R$ 19,1 milhões em 2015.
Trajano acredita que a empresa está muito bem preparada para tirar proveito da recuperação da economia que ele espera para este ano. “Estou moderadamente otimista para 2017.”
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Liquidação recorde
Uma parte desse otimismo se baseia nos resultados da tradicional liquidação batizada de “fantástica” que a empresa faz pelo 24º ano seguido na primeira sexta-feira de janeiro. No evento de ontem, o faturamento foi recorde, contou Trajano.
Até às 12h30 de sexta, quatro horas antes do mesmo dia da liquidação de 2016, o executivo comemorava que tinha batido as metas de vendas. “As panelas de pressão e os iPhones 6 esgotaram.”
A rede vendeu 160 mil panelas de pressão e mais de 500 mil celulares, de todos modelos. Em apenas um dia, a rede vendeu o equivalente a 15 dias normais, na média de todos produtos em oferta. Para alguns itens, como ventiladores e aparelhos de ar condicionado, as vendas corresponderam ao faturamento de 40 dias.
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Trajano atribuiu a venda recorde ao consumo reprimido e observou que a liquidação indica como deve ser o ano: “Quando a liquidação é boa, temos um ano bom pela frente”.