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A startup de autenticidade digital Unico anunciou, nesta terça-feira (17), um corte de 10,5% no seu quadro de funcionários. Essa é a segunda vez que a empresa faz demissões em massa no intervalo de três meses, somando ao menos 150 pessoas impactadas.
Em nota enviada ao InfoMoney, a idtech unicórnio -avaliada em mais de US$ 2 bilhões- destacou que o seu principal negócio, a biometria facial, virou apenas uma das opções no mercado. Com isso, tem investido para evoluir as soluções e retomar a inovação, o que inclui a contratação de profissionais de tecnologia.
“Focada na entrega consistente de seu ecossistema de produtos, a empresa tem investido na seniorização de seus times e na eficiência operacional, alterando estruturas e processos. Soma-se a esse movimento a priorização de iniciativas alinhadas às novas necessidades do mercado e, dessa forma, a Unico comunica o desligamento de 10,5% de seus colaboradores”, disse.
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A Unico ganhou notoriedade nos últimos anos graças as suas parcerias com grandes companhias de vários segmentos, em destaque para o setor bancário. Por muito tempo, a startup nadou de braçadas no campo da autenticidade digital, mas foi perdendo controle do mercado para outros players que trouxeram ainda mais novidades para o setor.
Em agosto do ano passado, dois meses antes de fazer o primeiro corte, a startup comprou a MakroSystems, uma empresa de proteção de dados em operações financeiras digitais, por R$ 150 milhões. O plano era criar um amplo ecossistema de identidade digital para conectar as pessoas a diversos bens e serviços.
Questionada sobre o suporte que dará aos funcionários demitidos, a Único afirmou que vai estender o plano de saúde e apoiar os impactados na recolocação profissional.
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Nos últimos dias, outras 4 empresas de tecnologia brasileiras passaram pelo movimento de demissões que tem acontecido em vários países, também apelidado de layout. São elas: Pier, de seguros; 99, de mobilidade; Pagseguro e Will Bank, bancos digitais.
De Acesso Digital a Unico, em Do Zero Ao Topo
Em julho do ano passado, a Unico foi tema Do Zero Ao Topo, podcast de empreendedorismo do InfoMoney, quando o fundador contou um pouco da história da marca. Diego Martins destacou o ponto de virada do negócio, quando decidiu migrar da digitalização de documentos -onde atuava com o nome Acesso Digital- para o campo da autenticidade.
“Foi um processo bastante intuitivo, sem muita racionalidade, a não ser por saber que nosso negócio anterior não tinha tanto mercado para crescer”, explicou. “De um lado, decidimos usar a biometria facial como forma de autenticação facial segura […] e, do outro, criando serviços em cima dessa base”, definiu.
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Em 2021, a chamada idtech recebeu um aporte de R$ 625 milhões, em uma segunda rodada liderada pelos fundos Softbank e General Atlantic. Já no ano passado, a empresa levantou mais US$ 100 milhões em série D, este que contou Goldman Sachs Asset Management.