Envolvimento no caso Chevron e novos vazamentos prejudicam Petrobras

Corretora Concórdia avalia que caixa e produção de abril da estatal brasileira devem ser afetados

Marcel Teixeira

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SÃO PAULO – A corretora Concórdia avaliou negativamente as notícias sobre a responsabilidade da Petrobras (PETR3, PETR4) por parte do vazamento de petróleo causado pela empresa norte-americana Chevron na Bacia de Campos, em novembro do ano passado, e de dois novos vazamentos no Ceará e no Rio de Janeiro.

Na última segunda-feira (2), a estatal brasileira enviou um comunicado à SEC (Securities Exchange Comission) – órgão regulador do mercado dos EUA – informando sobre a possibilidade de ser responsabilizada por parte dos danos causados pelo vazamento de óleo no Campo do Frade, no ano passado, em operações da Chevron. Em março, o Ministério Público Federal exigiu uma indenização de R$ 20 bilhões. Segundo o comunicado, a Petrobras terá que arcar com até 30% da multa aplicada à empresa norte-americana.

Em relação aos novos vazamentos, conforme vinculado na imprensa, a empresa brasileira teria reportado ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) problemas ocorridos na sexta-feira (30), por conta de um furo no duto de escoamento entre as plataformas Atum 2 e Xareu 3, além do vazamento na última segunda-feira (2) na Bacia de Campos.

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Avaliações dos analistas
Os analistas Leonardo Zanfelicio e Karina Freitas acreditam na possibilidade do pagamento de multa no primeiro caso, já que a Petrobras possui 30% de participação no consórcio da Chevron, fato que pressionaria ainda mais o caixa da empresa brasileira. Já sobre os dois recentes vazamentos, a corretora afirma que estes novos fatos podem afetar a produção da companhia no mês de abril, já que as plataformas terão que sofrer reparos.