Publicidade
SÃO PAULO – Em reunião do Conselho de Administração da Petrobras (PETR3; PETR4) de 2009, na qual estava presente o delator da Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa, o presidente da estatal na época, José Sérgio Gabrielli, disse não ver nada de “anormal” ocorrendo na companhia. O jornal Folha de S. Paulo teve acesso à ata do encontro datado de 30 de julho daquele ano, que contava ainda com a atual presidente Dilma Rousseff (PT) na presidência do conselho.
Gabrielli fez a apresentação do requerimento de constituição de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a petroleira. De acordo com o documento, todos os presentes foram “informados detalhadamente sobre as principais proposições de investigação” e “que nas análises da companhia não há nada de anormal, ilegal ou que justifique a CPI”.
Apenas 15 dias antes, um grupo de senadores havia instalado uma comissão para apurar indícios de superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima, de Pernambuco. Contudo, foi apenas em abril de 2014 que a própria estatal passou a investigar as irregularidades na obra. Na época, o escândalo da Operação Lava Jato já começava a estourar na mídia.