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NOVA YORK (Reuters) – Uma juíza dos Estados Unidos ordenou nesta terça-feira que a Glencore pague 700 milhões de dólares como consequência de sua confissão de culpa por um esquema que durou uma década para subornar autoridades estrangeiras em vários países.
A sentença proferida pela juíza distrital Lorna Schofield, no tribunal federal de Manhattan, consistiu em uma multa de 428,5 milhões de dólares e em 272 milhões de dólares em confisco, de acordo com um acordo judicial fechado em maio passado entre a gigante de mineração e comércio de commodities e os promotores federais em Manhattan.
Os promotores disseram que a Glencore pagou mais de 100 milhões de dólares em propinas a autoridades de países como Nigéria, Brasil, Venezuela e República Democrática do Congo, para fechar negócios ou evitar auditorias.
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A multa está 15% abaixo do que as diretrizes de condenação dos EUA recomendam e reflete um crédito pela cooperação da Glencore, inclusive fornecendo documentos localizados no exterior e investindo “recursos significativos” para melhorar a ética e a conformidade, disseram os promotores.
No geral, a multinacional com sede na Suíça disse que espera pagar mais de 1,5 bilhão de dólares para resolver as acusações de suborno e manipulação de mercado, mais de 1 bilhão de dólares apenas nos Estados Unidos.
No ano passado, a Glencore foi condenada a pagar 341 milhões de dólares em multas e 144 milhões em confiscos depois de se declarar culpada de uma acusação de manipulação do mercado no tribunal federal do Estado de Connecticut.
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(Reportagem de Luc Cohen em Nova York)