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Cotada pelo mercado como uma das possíveis empresas de tecnologia a abrir capital, a Softplan acaba de adquirir a startup Refera, que conecta prestadores de serviços de manutenção residencial e proprietários de imóveis.
A transação -que não teve valor divulgado- tem o objetivo de aumentar a capilaridade no setor de SaaS, focando em um segmento que ainda carece de iniciativas tecnológicas. As duas empresas já tinham uma parceria antiga, mas agora a Softplan passa a ser sócia majoritária da Refera, conforme destaca Eduardo Smith, CEO da Softplan, em entrevista exclusiva ao InfoMoney.
“Essa é uma empresa que está resolvendo uma dor, com foco nas imobiliárias, e entendemos que este era um movimento interessante para complementar nosso portfólio”, destaca. “Temos a visão de aumentar nossa presença em todo o ecossistema da construção, e agora estamos entrando no segmento de pós-obra, para fazer a gestão dos imóveis depois da entrega”.
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Esta é a nona aquisição da Softplan nos últimos anos, sendo que a última ocorreu há três meses, quando comprou a proptech Prevision. Ao todo, a empresa desembolsou R$ 300 milhões nestes negócios, mas garante ter caixa para fazer ao menos mais duas aquisições ainda neste ano.
“Olhando no horizonte dos próximos dois anos, planejamos investir mais que os R$ 300 milhões. Não temos um valor específico fechado porque depende das oportunidades que surjam no caminho. Isso também depende da geração futura de caixa da companhia e da capacidade de alavancagem”, destaca.
A Softplan registrou um faturamento acumulado de R$ 585 milhões no ano passado e de R$ 156 milhões no primeiro trimestre deste ano. Para 2023, trabalha com a expectativa de atingir R$ 760 milhões.
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Já a Refera nasceu em 2020, na cidade de Florianópolis (SC), mas hoje atua em 11 estados, com uma média de 3,5 mil serviços executados todos os meses. No ano passado, a startup alcançou um faturamento de R$ 6 milhões e prevê crescer em 90%, para R$ 11 milhões, em 2023.
O trabalho principal é intermediar orçamentos e contratação de profissionais autônomos para a manutenção de imóveis. A startup atende 49 clientes, entre locatários e imobiliárias, que dão capacidade de alcançar até 300 mil imóveis no país.
“Decidimos nos juntar à Softplan porque enxergamos sinergia com a tese e o futuro da empresa. Eles querem concentrar toda a cadeia de construção de ponta a ponta, então vimos que isso deve contribuir para o crescimento da Refera. Não só por abrir um novo canal, mas, principalmente, por trazer toda a expertise que ela já tem”, avalia Lucas Madalosso, fundador e CEO, que deve continuar no comando da startup.
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IPO fica para depois de 2025
Sempre quando o assunto é a próxima batida de sino na B3, a Softplan é uma das candidatas ventiladas pelo mercado e que publicamente se mostra aberta a isso. No entanto, na avaliação da companhia, o cenário atual não é o mais adequado para um IPO, por isso acredita que ele deve acontecer nos próximos dois anos, ainda dependendo das condições macroeconômicas.
“Projetamos um IPO para o médio prazo, em 2025 ou 2026, acreditando que este será um momento em que o mercado estará em uma situação diferente da atual. Essa é uma tendência natural, dados os movimentos que a empresa tem feito e até o interesse que se tem demonstrado na nossa história de crescimento”, complementa.
Enquanto não chega à bolsa, a estratégia é crescer mais para os lados, pensando em chegar à B3 com uma tese que seja ainda mais atrativa aos investidores.
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“Vai fazer sentido a abertura de capital, seja para reforçar a governança ou para garantir mais recursos para continuar crescendo. Mas ainda temos um espaço razoável para investimentos com nossos próprios recursos ou com alavancagem adicional, via emissão de dividas”, diz Smith.
Do Zero Ao Topo
No final do ano passado, a Softplan foi uma das empresas convidadas do Zero Ao Topo, o podcast de empreendedorismo do InfoMoney. Na ocasião, o o fundador Moacir Marafon contou a história da empresa fundada em 1990 e todo o processo até se tornar uma das principais companhias de softwares do país.
O episódio 145 está disponível em vídeo no YouTube ou em áudio em ApplePodcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox e Amazon Music.
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Assista a entrevista na íntegra a seguir: