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A Moura Dubeux (MDNE3), que integra o Novo Mercado da B3 desde o seu IPO, em fevereiro de 2020, atua no segmento de edifícios de médio e alto padrão e é a primeira em market share na Região Nordeste, com presença em sete de nove capitais.
Mas a fundação da empresa começou, na verdade, em um outro setor: o de serviços públicos, como limpeza de galerias. Mas foi um posto de gasolina que mudou tudo. “Nos anos 1980, havia um programa que financiava 100% de um posto de gasolina se a localização fosse aprovada. Conseguimos um terreno na BR-101, perto de Recife e começamos a operar”, lembra Gustavo Dubeux, cofundador da Moura Dubeux, em entrevista ao podcast Do Zero ao Topo.
Durante toda a entrevista, é comum que o empreendedor use o pronome pessoal no plural porque se refere, também, a seus dois irmãos: Aluisio e Marcos José, que atuaram junto com ele no desenvolvimento da empresa.
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O sucesso do posto de gasolina foi alavancado por uma legislação municipal, que proibiu a abertura de postos aos finais de semana na capital pernambucana. “Com a nossa localização próxima à cidade, conseguimos um movimento muito grande, principalmente aos sábados e domingos”, relembra Dubeux.
Com o sucesso do primeiro empreendimento, os três irmãos, engenheiros, aprenderam uma das lições mais importantes (e simples) de quem atua no setor imobiliário: localização é tudo.
O próximo passo foi construir um prédio de moradia em um esquema de condomínio fechado. “Reunimos 15 amigos, compramos um terreno na área oeste da cidade, na beira de um rio, e fizemos um projeto de unidades com 550m²”, diz. A construção foi sob regime de condomínio fechado e a obra saiu a preço de custo.
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A entrega da obra, o Morada Apipucos, marcou também a fundação do novo negócio dos irmãos como uma incorporadora. Desse primeiro edifício de alto padrão, a Moura Dubeux virou sinônimo de imóveis de luxo, com uma média de custo de R$ 15 mil reais por metro quadrado.
Com o crescimento, a gestão passou por uma série de mudanças e a chegada de executivos do mercado. Um deles foi Diego Villar, atual CEO, que entrou em 2011 na área de gestão de projetos. “A empresa dobrava de tamanho a cada ano e, com isso, sofria as dores do crescimento”, diz.
Naquele momento, a região nordeste, o segundo maior mercado imobiliário do Brasil, vivia uma singularidade. “Muitas incorporadoras do Sul e Sudeste chegaram com uma onda de desenvolvimento local, com o Porto de Suape, uma fábrica da Jeep e uma série de investimentos públicos. O momento foi desafiador do ponto de vista de formação de equipes e de concorrência”, resume Villar.
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E, se o momento de chegada da concorrência foi complicado, a saída dessas incorporadoras, alguns anos depois, também teve um impacto na empresa. Mesmo com a liderança local, a Moura Dubeux sofreu, com o êxodo de incorporadoras de outras regiões que haviam realizado lançamentos nas capitais nordestinas. Isso porque, ao deixar a região, essas incorporadoras precisaram ‘queimar’ o estoque e despejaram centenas de unidades no mercado a preços muito baixos.
“Neste momento, tomamos uma decisão estratégica de fazer uma expansão regional, para marcar posição”, diz Dubeux. Passado o desafio, a empresa mirou na Bolsa de Valores e abriu seu capital em fevereiro de 2020. Com a captação de R$ 1,25 bilhão, a empresa reduziu seu endividamento e saiu de 15 canteiros de obra no momento do IPO para 44 atualmente.
A história de Gustavo Dubeux e seus irmãos, e de Diego Villar, no comando da empresa desde 2019, é o tema do episódio desta quarta-feira (26) do podcast Do Zero ao Topo.
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O programa está disponível em vídeo no YouTube ou em áudio nas principais plataformas de streaming como ApplePodcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox e Amazon Music.
Sobre o Do Zero ao Topo
O podcast Do Zero ao Topo entra no seu quinto ano de vida e traz, a cada episódio, um empreendedor(a) ou empresário(a) de destaque no mercado brasileiro para contar a sua história, compartilhando os maiores desafios enfrentados ao longo do caminho e as principais estratégias usadas na construção do negócio.
O programa já recebeu nomes como o empresário Abílio Diniz; Rodrigo Galindo, chairman da Cogna; Paulo Nassar, fundador e CEO da Cobasi; Mariane Morelli, cofundadora do Grupo Supley; Fernando Simões, do Grupo Simpar; Stelleo Tolda, um dos fundadores do Mercado Livre; Luiz Dumoncel, CEO e fundador da 3tentos; José Galló, executivo responsável pela ascensão da Renner; Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos; e contou dezenas de histórias de sucesso.
