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Por Roberto Samora
Crescendo acima do mercado, a Nestlé Purina anunciou nesta terça-feira investimento adicional de 228,5 milhões de reais para a expansão da fábrica de ração para cães e gatos situada em Ribeirão Preto (SP), o que vai ajudar a empresa a atender a forte demanda local e de exportação.
O Brasil é o terceiro maior mercado para ração para “pets”, atrás de Estados Unidos e China, com avanço de mais de 21% em 2021, um ritmo acima da taxa global de expansão, o que tem atraído investimentos de empresas como a Nestlé e a BRF.
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Segundo Marcel de Barros, CEO de Nestlé Purina Brasil, o mercado brasileiro de ração para “pets” teve crescimento de cerca de 14% no primeiro trimestre, abaixo do visto em 2021, mas ainda segue em “duplo dígito”. E a perspectiva para 2022 é manter a tendência dos primeiros três meses do ano.
“O que possibilita este investimento nosso é o contínuo ganho de ‘market share’ que temos tido, a Nestlé vem crescendo mais do que a indústria. Para suportar esse crescimento, estamos fazendo estes investimentos”, disse Barros, à Reuters.
Paralelamente ao investimento anunciado, a Nestlé Purina inaugurou nesta terça-feira uma expansão da unidade de Ribeirão Preto, após investimentos de 120 milhões de reais divulgados no ano passado, o que permitiu aumentar em 35% a capacidade da planta, ou 50 mil toneladas/ano.
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Com o crescimento da produção, houve um “gargalo” de espaço físico, o que levou a Nestlé a adquirir um terreno anexo à unidade fabril na cidade do interior de São Paulo, por 28,5 milhões de reais.
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“Concluímos em junho a aquisição do terreno, isso vai tirar a limitação para seguir expandindo a planta. Isso vai possibilitar investir os outros 200 milhões”, afirmou Barros, ponderando que a empresa ainda está avaliando quais linhas serão ampliadas, se a de alimentos secos, úmidos ou “snacks”, com os novos aportes.
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A unidade de Ribeirão Preto, que começou a operar em 1973, foi a primeira da América Latina a ter rações úmidas para “pets”, lembrou o executivo.
Antes dos investimentos para a expansão que está sendo inaugurada nesta terça-feira, a unidade havia recebido cerca de 700 milhões de reais em um período de cinco anos.
No ano passado, 15% da produção da unidade de Ribeirão Preto foi destinada para a exportação, com o mercado interno absorvendo o restante. E a previsão é manter esta proporção após a expansão da capacidade.
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A planta de Ribeirão Preto está habilitada para exportar para os Estados Unidos, países da Europa, além de toda a América do Sul.
SANTA CATARINA
A unidade Purina tem absorvido parte importante dos investimentos totais da Nestlé no Brasil, que projeta ao todo 1,8 bilhão de reais em aportes no país em 2022.
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Isso porque a empresa desenvolve um grande projeto em Santa Catarina. A unidade que está sendo construída em Vargeão já teve aprovados 1 bilhão de reais e outros 350 milhões de reais estão em “fase de aprovação”, disse o executivo.
A primeira linha de produção catarinense deve começar a operar no primeiro trimestre de 2023.
Na medida em que a demanda crescer, o complexo de Vargeão deve ser ampliado, podendo receber um total de 2,5 bilhões de reais em investimentos, disse a empresa anteriormente.