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(Bloomberg) — O CEO da Telecom Italia, Amos Genish, foi removido do cargo após divergência de estratégias com a investidora Elliott Management, encerrando meses de especulação a respeito de seu futuro e criando outra disputa entre o fundo e a Vivendi, principal acionista da empresa.
Genish, 58, ex-executivo da Vivendi, estava em conflito com a Elliott devido ao plano que elaborou para desmembrar a rede de linha fixa da operadora, disseram pessoas a par do assunto, que pediram para não serem identificadas porque as conversas eram privadas.
A saída ocorre após uma teleconferência organizada às pressas pelo conselho da maior operadora de telefonia da Itália nesta terça-feira. Os diretores apoiados pela Elliott — 10 de um total de 15 — votaram contra Genish, disseram as pessoas. O CEO estava na Coreia do Sul no momento, assinando contratos para tecnologia 5G com a Samsung Electronics.
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Com a saída, a Telecom Italia buscará o quinto CEO em cinco anos. O comando de Genish, que foi colocado na função pela maior acionista da Telecom Italia, a Vivendi, em setembro de 2017, é questionado desde que a Elliott assumiu o controle do conselho, que era da Vivendi, em maio. Agora cabe à Vivendi decidir se convoca uma eleição para uma nova composição do conselho para tentar derrubar a Elliott.
O mandato do CEO foi revogado com efeito imediato, anunciou a Telecom Italia em comunicado, confirmando reportagem anterior da Bloomberg. O presidente do conselho, Fulvio Conti, assumirá o cargo de CEO interinamente e o conselho se reunirá em 18 de novembro para tomar uma decisão a respeito do substituto, informou a empresa.
Genish e a Vivendi queriam que a operadora mantivesse o controle da rede de telefonia fixa da Telecom Italia, enquanto a Elliott, a segunda maior investidora, tenta desmembrar mais de 51 por cento do negócio.
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“Foi uma jogada muito cínica, planejada deliberadamente em sigilo, para criar a máxima desestabilização possível”, afirmou a Vivendi em comunicado, criticando o fato de a decisão ter sido tomada quando Genish estava na Ásia fazendo negócios. “Condenamos a desestabilização gerada por essa decisão e o método vergonhoso usado.”
A Elliott afirmou que o fundo apoia a decisão do conselho de remover Genish, em comunicado enviado por e-mail.
“Genish teve a oportunidade de criar valor; nós o apoiamos. Mas na verdade ele não fez exatamente nada e se colocava como um impedimento para a geração de valor”, afirmou a Elliott. As ações da empresa caíram 34 por cento durante o mandato dele.
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Alguns executivos italianos experientes têm sido apontados como possíveis substitutos de Genish. O jornal Messaggero noticiou que Conti estava avaliando o membro do conselho Alfredo Altavilla e o veterano executivo italiano Rocco Sabelli como possíveis sucessores. Pessoas próximas à empresa também mencionaram Altavilla como possível candidato juntamente com Luigi Gubitosi, outro membro do conselho da Telecom Italia.
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