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SÃO PAULO – Desde o dia 21 de maio – início da greve – até hoje, a Petrobras (PETR3; PETR4) perdeu R$ 126 bilhões em valor de mercado e com isso voltou a ficar atrás da Ambev, Vale e Itaú Unibanco na lista de maiores empresas listadas na B3.
Na última segunda-feira (21), a estatal valia R$ 368,08 bilhões, passando para R$ 242,02 bilhões nesta segunda-feira (28). Desde então, as ações caíram todos os dias, com maior intensidade na última quinta, após a própria empresa anunciar um corte no preço do diesel por 15 dias, e hoje, depois da decisão de elevar o desconto no diesel para R$ 0,46, e também o período, por 60 dias.
Hoje, as ações da Petrobras preferenciais encerraram o dia com queda de 14,60%, enquanto as ordinárias afundaram 14,07%, perdendo mais R$ 40 bilhões em valor de mercado. A cotação de fechamento de hoje do papel PN, em R$ 16,91, é a menor desde o dia 10 de janeiro, quando chegou a R$ 16,77. Já a ON, hoje cotada a R$ 19,79, registrou o pior patamar desde 23 de janeiro, quando fechou a R$ 19,36.
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O volume financeiro movimentado pelos papéis hoje, de R$ 2,7 bilhões, também chamou atenção, representando quase um quarto de todo o volume da bolsa. Com a queda desta segunda, os ativos PETR4, que até poucas semanas atrás tinham ganhos de 70% no ano, agora acumulam alta de apenas 5%. Vale destacar ainda que a Petrobras ficou ex-JCP (Juros Sobre Capital Próprio) no dia 21 de maio, após ficar quase 5 anos sem pagar dividendos. Desde então, as ações já caíram 34%.
Desde o anúncio da semana passada, os investidores adotaram uma postura de cautela em relação à Petrobras. Hoje, o Itaú BBA anunciou a retirada de Petrobras PN da sua lista “Brazil Buy List”, por conta das negociações entre governo e caminhoneiros envolvendo o preço do diesel, e seus possíveis impactos na política de preços da companhia.
Os operadores citam ainda outros agravantes, como a paralisação de 72 horas marcada pelos funcionários a partir da próxima quarta-feira (30). O presidente da Petrobras, Pedro Parente, distribuiu uma carta aos empregados da empresa nesta segunda-feira na tentativa de conter a greve. No texto, argumenta que a decisão de reajustar os preços dos combustíveis diariamente em linha com o mercado internacional foi tomada em defesa da companhia e para evitar o crescimento da dívida. O executivo inicia e conclui a carta questionando a contribuição dos funcionários para o fim dos protestos dos caminhoneiros.
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O preço do petróleo também não ajudou nesta segunda. Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para agosto caiu US$ 1,15 (-1,50%), para US$ 75,32. A sessão encerrou duas horas mais cedo que o habitual. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), houve apenas negociação eletrônica. Às 13h59 (de Brasília), o WTI para julho cedia US$ 1,41 (-2,08%), para US$ 66,47.
Neste contexto, a Petrobras, que havia retomado este mês o posto de maior empresa em valor de mercado listada na B3, perdeu três posições. A Ambev voltou a ser a mais valiosa ainda na semana passada, e hoje vale R$ 310,4 bilhões. A Vale tem valor de R$ 265,4 bilhões, enquanto o Itaú Unibanco vale R$ 261,8 bilhões. Desde a última segunda-feira, estas três empresas perderam aproximadamente R$ 10 bilhões em valor de mercado cada uma.
(Com Agência Estado)
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