Planner considera consórcio no bloco BS-4 positivo para a Queiroz Galvão

Corretora recomenda compra das ações da empresa, com um potencial de valorização de 71,1% até dezembro de 2011

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A Planner Corretora considera positivo o cenário para a Queiroz Galvão (QGEP3) e recomenda compra das ações da companhia, após o anúncio do contrato de compra e venda de direitos de participação do bloco BS-4, situado na Bacia de Santos, assinado com a Shell Brasil.

Atualmente, o consórcio é formado pela Shell, como operadora, Chevron Brasil e Petrobras (PETR3, PETR4). O contrato entre as empresas prevê que a Queiroz Galvão irá adquirir 30% de participação no bloco exploratório, em um total de 40% de titularidade da Shell.

Impacto positivo
“Apesar de ainda não termos mais informações sobre o valor do negócio e volume potencial das reservas, é positivo o anúncio pelo possível aumento de recursos potenciais da empresa e impacto para cima da curva de produção esperada”, avalia o analista Henrique Ribas.

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Para ele, a companhia continuará com um portfólio equilibrado, conforme proposto na época em que realizou seu IPO (Oferta Inicial de Ações), além de haver expectativas de mitigação desses recursos e gerando impacto do valor econômico desses ativos no curto prazo.

Participação no bloco
Não se sabe ainda o preço da nova aquisição da Queiroz Galvão e nem quem terá o poder de operação do bloco BS-4, atividade que antes cabia à Shell, sendo que na nova configuração a Petrobras passa a ter maior participação acionária (40%), seguida pela Queiroz Galvão (30%), pela Chevron (20%) e pela Shell (10%).

Isso pode dar uma certa vantagem para a Queiroz Galvão, segundo o analista, uma vez que só podem operar aquelas empresas que detém 30% ou mais de participação no bloco, levando a disputa pelo comando entre a Queiroz Galvão e a Petrobras. 

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Perspectiva positiva
A boa perspectiva também deve-se aos grandes investimentos em infraestrutura do setor, dados os significativos investimentos da Petrobras  e as descobertas de óleo não só na Bacia de Santos, mas também em outros blocos, avalia o analista.

Desse modo, Ribas mantém a recomendação de compra para as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 26,00 para o fim de 2011, configurando um potencial de valorização de 71,1% em relação ao fechamento da última quarta-feira (24).

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.