Safira fatura R$1 bi com maior aposta no mercado livre de energia

Companhia investiu em tecnologia após lançar duas plataformas digitais para ajudar os consumidores a entrar no mercado livre de energia

Reuters

Lâmpadas acesas
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SÃO PAULO (Reuters) – O grupo Safira, que atua com comercialização, gestão e soluções de energia elétrica, encerrou o ano passado com um faturamento de 1 bilhão de reais e vem apostando na venda de energia a pequenos consumidores e inovação, de olho em uma futura abertura de capital na B3.

A companhia investiu em tecnologia para crescer seu negócio de comercialização de energia, tendo lançado em 2022 duas plataformas digitais, no modelo SaaS (Software as a Service) para apoiar os consumidores em todas as etapas de compra e venda de energia, e na gestão de contratos no mercado livre.

Um dos objetivos do grupo é ampliar sua oferta de energia para o chamado “varejo” do setor elétrico, consumidores de pequeno porte que poderão sair do mercado regulado, das distribuidoras, para comprar energia no ambiente de contratação livre. Esse mercado deve ser impulsionado com o aval para que todos os consumidores ligados em alta tensão possam migrar a partir de 2024.

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“Estamos falando de mais de 100 mil consumidores em potencial. Nosso objetivo é oferecer uma proposta alternativa e mais econômica a esses consumidores”, disse André Cruz, diretor de Regulação e Inteligência de Mercado da empresa.

Atualmente, a Safira conta com mais de 3GW médios sob sua gestão, entre geradores e consumidores livres.

A companhia também está expandindo as operações em outras áreas, como a geração distribuída de energia solar, segmento no qual ingressou em 2019.

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Em fevereiro deste ano, a companhia assinou um contrato de parceria com a Élis Energia, empresa do Pátria Investimentos, que irá construir e arrendar 20 MWac em usinas de geração distribuída para a Safira.

“Embora o grupo detenha parques de geração, a estratégia é estar em linha com o estado da arte mundial: asset light. Nosso propósito é ajudar as pessoas a economizarem, pelo menos, 10% da conta, consumindo energia limpa e, por meio, digital”, disse Mikio Kawai Jr, founder e CEO da Safira.

Para o futuro, a companhia tem planos de realizar uma oferta pública inicial (IPO). Nesta semana, esse projeto avançou com o recebimento do registro de companhia aberta, na categoria Bovespa Mais Nível 2, que a habilita a emitir ações no mercado.

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“A empresa aguardará o melhor momento de mercado para efetuar tal oferta (de IPO)”, explicou a Safira.

(Por Letícia Fucuchima)