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(Bloomberg) — A Shell está tentando vender a empresa francesa de energia eólica em alto mar Eolfi, dando um passo para trás em seu projeto de sustentabilidade, à medida que o novo CEO, Wael Sawan, se esforça para agregar maior valor aos acionistas.
A petrolífera está estudando a venda apenas alguns anos depois de adquirir a Eolfi, segundo fontes familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas. A decisão vem em linha com a gestão de Sawan, que foca em ser “implacável” em como a Shell gasta seu dinheiro para aumentar os retornos. A empresa se recusou a comentar.
A potencial venda da Eolfi viria na esteira da retirada da Shell, no final do ano passado, de um projeto piloto de parque eólico flutuante que havia sido planejado na costa da Bretanha, no noroeste da França, citando desafios técnicos, comerciais e financeiros. A empresa também não participou de uma recente licitação francesa para um parque eólico offshore, apesar de estar qualificada para isso.
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A Shell ainda tem outros projetos de energia eólica em alto mar em estágio inicial de desenvolvimento, inclusive no Reino Unido. Ainda assim, a venda da Eolfi marcaria um recuo parcial na estratégia de expandir o negócio de energias renováveis para mais mercados.
Quando a Shell decidiu comprar a Eolfi, em 2019, o então vice-presidente da empresa para energia eólica offshore disse que a aquisição ajudaria a construir um negócio significativo de eletricidade. Na época, a Shell tinha a ambição de ser uma das maiores empresas de energia do mundo.
Desde que se tornou CEO em janeiro, Sawan reformulou sua equipe de diretores, combinando operações de gás natural e petróleo e fundindo energias renováveis com refino e marketing. Em março, ele dividiu a unidade global de renováveis da empresa, incorporando energia eólica e solar nas divisões regionais da Shell Energy.