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RIO DE JANEIRO – A mineradora Vale (VALE3, VALE5) espera uma recomposição dos estoques de minério de ferro na China nos próximos meses, com tendência de aumento de preços do seu principal produto no terceiro trimestre deste ano e continuidade da demanda chinesa, afirmaram executivos da companhia nesta quinta-feira.
O preço médio do minério de ferro deverá fechar 2013 em cerca de 135 dólares a tonelada, e não há sinais no horizonte de preço abaixo de 100 dólares para a commodity, afirmou o diretor de ferrosos e estratégia da companhia, José Carlos Martins, durante teleconferência para analisar resultados do segundo trimestre.
“O crescimento da China desmente os pessimistas”, resumiu o presidente da maior produtora mundial de minério de ferro, Murilo Ferreira, na mesma teleconferência.
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Segundo os executivos, tudo indica que o processo de urbanização na China continuará crescendo, com demanda firme por aço. As siderúrgicas deverão aumentar a produção entre 2 e 3 por cento neste ano no mundo, destacaram.
A percepção de preços maiores no terceiro trimestre –e um consequente impacto positivo no caixa da Vale– ocorre em meio a uma redução recente nos volumes de minério mantidos nos portos e por siderúrgicas, disse Martins.
A China, maior consumidor do mundo de minério e maior cliente da Vale, conta com 60 dias de estoque.
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Por outro lado, Martins disse que os estoques de minério na China para fins especulativos tendem a ser reduzidos. Martins prevê uma atuação mais forte de negociações do produto por meio de papéis.
Ele também disse que a redução de estoques de minério de ferro na China não foi acompanhada de queda nos estoques de aço.
A Vale informou também que não vê mudança no preço do níquel no curto prazo, com o produto se valorizando mais fortemente no mercado no longo prazo, devido a ausência de projetos que implementem significativamente a capacidade de oferta.