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SÃO PAULO – Diversas notícias indicam que a corrida pela vacina contra a Covid-19 pode estar se aproximando do fim. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que uma vacina pode estar pronta até o fim deste ano, o que quer dizer que em breve você pode estar perto de uma dose.
Mas como será na prática tomar uma vacina contra o coronavírus e em que pé que estão os medicamentos dentro do Brasil?
O InfoMoney já mostrou que existe um longo caminho entre a aprovação de uma vacina e a aplicação em toda a população. Mas com vacinas sendo testadas em território nacional, existem alguns acordos já firmados para que os brasileiros recebam o medicamento tão logo ele for aprovado.
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Segundo a OMS, 193 vacinas contra a Covid-19 estão em desenvolvimento no mundo. Dentre elas, 42 estão na etapa de testes clínicos em humanos, sendo que dez delas estão na fase três, último passo antes da aprovação da vacina (entenda melhor as etapas abaixo).
Quatro das vacinas na fase três são testadas também aqui no Brasil: a da Pfizer/BioNtech; a da Oxford/AstraZeneca; a da Sinovac/Instituto Butantan; e a vacina da Johnson&Johnson.
A seguir, o InfoMoney traz um balanço sobre o status das vacinas no Brasil e os relatos de quatro profissionais de saúde brasileiros, que receberam a vacina da Oxford e da chinesa Sinovac. Confira.
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Vacina da Pfizer e BioNTech
A vacina produzida pela americana Pfizer, em parceria com o laboratório alemão BioNtech, utiliza o RNA mensageiro do vírus para codificar proteínas virais, forçando o corpo a produzir as proteínas antivirais.
Mais de 37 mil pessoas já tomaram a vacina na fase três e mais de 28 mil pessoas já receberam sua segunda dose da vacina em diferentes países. No Brasil, a vacina da Pfizer está sendo testada em 2 mil voluntários em São Paulo e na Bahia.
Se o cronograma correr conforme o planejado, a expectativa é que o resultado sobre a eficácia da vacina saia neste mês. A empresa espera produzir até 100 milhões de doses até o fim do ano.
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Os testes da vacina da Pfizer estão sendo realizados no Brasil pelo Cepic (Centro Paulista de Investigação Clínica), em São Paulo, e pela Instituição Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador.
Vacina de Oxford/AstraZeneca
A vacina da Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca, utiliza parte do material genético do vírus para desencadear uma resposta imune no corpo humano. O medicamento contém um vírus inofensivo misturado a um pedaço do código genético do coronavírus.
No Brasil, 5 mil voluntários estão tomando a vacina e os testes são coordenados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em São Paulo e no Rio de Janeiro e em Salvador os estudos são realizados e financiados pelo Instituto D’Or.
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A vacina será produzida pelo laboratório Bio-Manguinhos, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), segundo acordo firmado pelo Ministério da Saúde.
O acordo entre a AstraZeneca e a Fiocruz prevê uma uma encomenda tecnológica, na qual a fundação adquire o produto finalizado e, em seguida, ensaia uma produção nacional. Esse processo na indústria farmacêutica é chamado de transferência tecnológica (entenda mais sobre esse processo).
Segundo o Ministério da Saúde, o acordo prevê também a disponibilização de 30,4 milhões de doses da vacina, distribuídos em dois lotes de 15,2 milhões, entregues em dezembro de 2020 e janeiro de 2021. O investimento total, para transferência de tecnologia e das doses, foi de US$ 127 milhões (cerca de R$ 702 milhões).
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Se a vacina for aprovada, o Brasil ainda receberá mais 70 milhões de doses, ao custo de US$ 2,30 por dose, com entrega ainda sem data definida.
O Ministério da Saúde disse que o país deve ter 140 milhões de doses de vacina contra a Covid no primeiro semestre de 2021. Essa contagem inclui justamente as 100 milhões de doses da vacina da Oxford e outras 40 milhões de doses obtidas com a participação do país no programa global Covax Facility, aliança entre países do mundo todo para a produção de vacinas contra a Covid.
Para viabilizar as 140 milhões de doses, o governo federal editou duas medidas provisórias, destinando R$ 1,9 bilhão no total para a vacina de Oxford/AstraZeneca e R$ 2,5 bilhões para adesão ao Covax (veja mais abaixo).
Vacina da Sinovac
Produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, a CoronaVac será testada em mais de 13 mil profissionais da saúde brasileiros até o dia 15 de outubro, sendo que 6 mil já receberam doses.
Após ser aplicada a 50 mil pessoas na China, os estudos da Sinovac mostraram que 94,7% dos voluntários não tiveram nenhuma reação adversa. Apesar do sucesso sobre a segurança do medicamento, o resultado sobre a eficácia deve começar a ser analisado a partir de 15 de outubro.
O governo de São Paulo afirmou que até outubro o estado receberá 6 milhões de doses importadas da China prontas para aplicação. Outras 40 milhões devem chegar até o fim deste ano e mais 15 milhões até fevereiro de 2021. As 46 milhões de doses iniciais custarão US$ 90 milhões, valor que inclui também a transferência de tecnologia da Sinovac para produção da vacina pelo Butantan.
O governo anunciou também que arrecadou R$ 97 milhões com a iniciativa privada para que o Instituto Butantan comece a construir uma nova fábrica, com capacidade para fabricação de 100 milhões de doses da CoronaVac por ano.
A expectativa do governo é iniciar a vacinação no estado na segunda quinzena de dezembro, mas as diretrizes da campanha ainda precisam ser aprovadas pelo Ministério da Saúde.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o Ministério da Saúde direcionou R$ 92 milhões ao Instituto Butantan para alavancar a fabricação da CoronaVac, após acordo entre o secretário estadual da Saúde, o presidente do Butantan e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Em coletiva na última sexta-feira (9), o governador de São Paulo, João Doria, confirmou o acordo e disse que no próximo dia 21 se reunirá com Pazuello para definir a posição final do governo federal sobre a disponibilização da CoronaVac e o uso do medicamento em escala nacional.
“O plano prioritário é seguir com o Ministério da Saúde e disponibilizar a vacina através do PNI [Programa Nacional de Imunização]. Porém, se houver qualquer viés de ordem política ou eleitoral que possa colocar a vacina em prejuízo, São Paulo fará a imunização dos brasileiros no estado de qualquer forma”, disse Doria.
Vacina da Johnson&Johnson
Desenvolvida pela Jansen-Cilag, divisão da farmacêutica americana Johnson&Johnson, a vacina utiliza um vetor de adenovírus (vírus que causa doenças respiratórias, como resfriado), construído para codificar a proteína S do vírus da Covid.
A vacina da companhia americana terá apenas uma dose e será testada em 60 mil pessoas nos Estados Unidos, Brasil e África do Sul. Atualmente, esse é o maior teste de fase três em números absolutos de voluntários do mundo.
Segundo a Anvisa, sete mil brasileiros poderão ser voluntários no estudo clínico, divididos em sete estados (Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo) mais o Distrito Federal.
No fim do mês passado, a farmacêutica americana anunciou que resultados preliminares das fases um e dois de testes clínicos da vacina no mundo todo indicaram que a fórmula é segura e induziu resposta imune contra o coronavírus, mesmo após a aplicação de uma única dose.
E a vacina russa?
Por mais que a vacina desenvolvida pelo instituto russo Gamelaya, a Sputnik V, seja uma das candidatas para vacinar a população brasileira, graças ao acordo entre os russos e governo do Paraná, através do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o medicamento ainda não está sendo testado no Brasil.
Em agosto, o Tecpar disse que a previsão era que os testes da fase três começassem no Brasil em 45 dias, com 10 mil voluntários. Mas o protocolo para início da testagem ainda não foi entregue à Anvisa e os estudos só poderão começar depois que o órgão regulador receber os documentos e aprová-los.
Nesta sexta-feira (9), o Tecpar disse que o protocolo está na fase final de elaboração, mas não informou novos prazos para a entrega dos documentos.
Também em agosto, o Tecpar havia informado que a imunização com a vacina russa deveria começar no segundo semestre de 2021 e que o governo do Paraná já reservou R$ 200 milhões para modernizar uma fábrica em Curitiba e ensaiar uma produção nacional da Sputnik.
Há poucas semanas, os primeiros resultados da vacina russa foram divulgados na revista científica The Lancet. Segundo o estudo, a Sputnik V foi capaz de induzir resposta imune nos voluntários e se mostrou segura nos testes de fase um e dois, que foram feitos com 76 pessoas em hospitais russos, com idades de 18 a 60 anos.
Ministério da Saúde espera ter 140 mi de doses em 2021
Além dos acordos estaduais, em âmbito nacional o Ministério da Saúde informou que as 140 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 – somando a vacina da Oxford e a participação do país no programa global Covax Facility -, devem estar disponíveis para aplicação na população no primeiro semestre do ano que vem.
Élcio Franco, secretário-executivo da pasta, disse que as 40 milhões de doses da aliança Covax devem vacinar 20,2 milhões de pessoas, uma vez que serão duas doses por paciente.
Ainda segundo as estimativas do governo federal, as duas doses vão custar US$ 21 (cerca de R$ 116) e serão oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com Franco, a vacinação nacional deve começar no primeiro trimestre de 2021. “Como a vacina ainda passa por um processo de validação, existe, sim, uma possibilidade de atraso”, disse secretário executivo.
As fases de teste
Depois que uma vacina experimental é desenvolvida, o teste de eficácia do medicamento se divide em duas grandes etapas: a primeira delas é a pré-clínica, na qual são realizados testes em animais; e a segunda é a etapa clínica, quando os testes são feitos em seres humanos. Essa segunda etapa é dividida em três fases: fase um, fase dois e fase três.
A fase um testa o medicamento em um menor número de voluntários (entre 20 e 80). Na fase dois, esse número já chega a centenas de pessoas. E a última etapa do teste clínico – a fase três – testa a eficácia do medicamento em um maior contingente de voluntários, que chega na casa dos milhares.
Passada essa fase, a vacina é aprovada, pode ser registrada pelos órgãos sanitários dos países interessados e produzida em larga escala comercial.
Os grupos prioritários
Após a aprovação de uma vacina, é necessário planejar como as doses serão aplicadas e qual parcela da população receberá as doses primeiro. A ideia de priorizar certos grupos visa garantir a proteção de pessoas mais expostas ao vírus, como profissionais de saúde e aqueles que poderiam sofrer mais complicações, como os que pertencem aos grupos de risco.
O governo de São Paulo já afirmou que os primeiros grupos que receberão a vacina da Sinovac no estado serão os profissionais da saúde, seguidos pelos educadores da rede pública e privada e pelos portadores de doenças crônicas.
O Ministério da Saúde, por sua vez, instituiu um grupo de trabalho para coordenar a aquisição e a distribuição de vacinas em âmbito nacional através do PNI, programa que é referência mundial quando o assunto é saúde pública e vacinação.
Voluntários da vacina da Oxford/AstraZeneca
O InfoMoney conversou com dois voluntários que tomaram a vacina da Oxford em parceria com a AstraZeneca e outros dois voluntários da Sinovac, em parceria com o Butantan. Nenhum deles relatou efeitos colaterais graves, apenas leve desconforto muscular.
O médico infectologista Francisco Bonasser Filho, 63, se candidatou para tomar a vacina experimental da Sinovac. “Você se voluntaria por um sistema interno do hospital e eles te chamam por ordem de entrada. Aí tem o primeiro contato via WhatsApp, tudo muito prático”, explica Bonasser, que foi vacinado no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo.
Segundo o médico, a primeira entrevista entre o voluntário e os pesquisadores é longa. Nela, a proposta do teste é apresentada e é preciso assinar um termo de consentimento. “Você conversa com o médico sobre seu estado clínico e, em seguida, acontece a coleta dos exames de sangue e o PCR para que eles se certifiquem de que você não está ou esteve com a Covid”.
No dia da vacinação, o voluntário passa por uma triagem, que conta com uma consulta médica e só então é vacinado. “A aplicação foi no braço direito e, no meu retorno, será no braço esquerdo. O retorno para a segunda dose é marcado em 15 dias ou 28 dias após a primeira”. Bonasser afirma não ter sentido nenhum efeito, além de ter ficado com um pequeno hematoma no local de aplicação.
Após tomar a primeira dose, o voluntário deve fazer mais oito visitas para acompanhamento. Nesse meio tempo, é pedido que ele realize um acompanhamento em um diário. “Nesse diário físico, eles pedem que a gente faça o registro mais fidedigno possível. Precisamos anotar qualquer efeito adverso, medir a temperatura por horário e anotamos tudo lá”, diz Bonasser. Além do diário, é disponibilizado um contato via WhatsApp, caso o voluntário precise relatar algo mais urgente.
Ralf Karbstein, intensivista do Hospital das Clínicas, também está participando dos testes da Sinovac. “Eu tomei a vacina há uma semana e não tive nenhum sintoma. É uma vacina como qualquer outra e as reações são parecidas com as da vacina da gripe”, diz. “Conheço outras pessoas que tomaram e também só tiveram sintomas leves, como dores no corpo”, acrescentou.
Vale dizer, porém, que não é possível saber se eles tomaram o medicamento real ou placebo. Esses estudos são chamados de “duplo-cego”: os voluntários são divididos em dois grupos, parte recebe a verdadeira vacina e outra parte placebos. No fim da pesquisa, é possível avaliar se o remédio trouxe efeitos positivos, comparando os resultados dos voluntários que tomaram o medicamento com o daqueles que ficaram com o placebo.
Quando os testes forem finalizados, os voluntários que receberam o placebo poderão retornar e tomar o medicamento real. “Minha expectativa como médico é que a vacina funcione e esteja à disposição para toda a população o mais rápido possível”, diz Bonasser.
Enquanto o mundo aguarda o resultado sobre a eficácia dessa e de outras vacinas, Karbstein, que está na linha de frente do combate à Covid desde março, com rotinas extenuantes, trabalhando 80 horas ou mais por semana, lembra que mesmo com muitos avanços no tratamento, é importante não baixar a guarda.
“Vimos vários casos de pacientes jovens, na terceira década de vida, sem comorbidade nenhuma, falecerem. Enquanto não temos uma vacina, o coronavírus pode significar sintoma nenhum ou morte”, diz o intensivista.
“A informação que temos agora é que a Europa está na segunda onda e isso fatalmente vai acontecer no Brasil, porque depois da restrição, o país relaxa, as pessoas começam a ter sensação de segurança e o vírus volta a contagiar. A maior recomendação continua sendo não aglomerar e não ir para barzinho”, alerta Karbstein.
Vacina da Oxford/AstraZeneca
Carolina Vieira Rodrigues, enfermeira do Hospital das Clínicas e do Waldomiro de Paula, se voluntariou para tomar a vacina da Oxford, cujos testes são conduzidos pela Unifesp, depois que sua coordenadora comentou que estava participando do estudo. “Ela me passou o contato dessa pessoa da Unifesp que estava procurando os voluntários, eu liguei para ela e super topei participar”, diz.
Carolina conta que o procedimento é extremamente minucioso. “Primeiro, nós passamos por uma consulta, eles medem a temperatura, perguntam se temos alergia, se tivemos algum sintoma, depois colhem exames, de sangue e sorologia, para ver se já tivemos a Covid. Eu também fiz um teste rápido de gravidez” diz Carolina.
Antônio Brandão, médico hematologista, também participou dos testes da Oxford. Ele tomou a primeira dose em julho e a segunda em agosto. Ele se interessou em participar após ver os primeiros resultados bem-sucedidos da vacina na revista científica The Lancet e saber que um médico conhecido estava recrutando voluntários.
Assim como os voluntários da vacina da Oxford, ambos contam que na primeira visita os responsáveis pelo estudo detalham o procedimento, explicam que um grupo vai receber o placebo e outro a vacina de fato, mas que nenhum voluntário sabe qual será o conteúdo aplicado e então, eles devem assinar os documentos, concordando em participar dos testes.
“Eu já estive do outro lado e já fui investigador de outros estudos. Nesse primeiro contato, eles observam se existe alguma contraindicação e coletam os exames, é a primeira trava de segurança para qualquer estudo clínico. Se a pessoa tem alergia, doença grave, ou algum risco, eles não deixam participar no primeiro momento”, conta Brandão.
Os resultados desses primeiros exames saem dentro de poucos dias. “Como estava tudo certo, eu voltei à Unifesp na semana seguinte para de fato tomar a dose. Na hora, a vacina dói bastante, ela é aplicada no braço, então dá um pouco de dor muscular e o meu braço ficou vermelho. Daí a gente fica uma hora lá para ver se tem alguma reação e em seguida eu fui liberada.”
“Eu senti mais dor local, no braço, por dois três ou dias, um leve incômodo, mas não limitou em nada o meu dia”, disse Brandão. O hematologista conta que pelo menos dez conhecidos também participaram dos testes. “Alguns comentaram fraqueza ou um pouco de febre, mas só.”
Após a vacinação, os responsáveis pelo estudo fazem um acompanhamento, enviando mensagens toda semana para checar se o voluntário sentiu febre, perda de olfato, paladar ou outros sintomas. “Eles ficam mandando mensagem pelo WhatsApp para avaliar nossa resposta imune. Teve um dia que eu demorei para responder porque estava atendendo e eles ficaram me cobrando, perguntando por que eu não tinha respondido”, diz Brandão.
Passado um mês, Carolina recebeu a segunda dose e também não apresentou efeitos adversos. “Foi super tranquilo. Vários amigos meus que são médicos e participaram da pesquisa também não sentiram nada. Entre os profissionais da saúde, alguns falam que vão esperar lançar a vacina aprovada e não querem ser cobaia, mas a maioria quer participar porque é um estudo histórico, todo mundo está correndo contra o tempo e eu quis fazer parte disso”, disse a enfermeira.