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A Vibra Energia (VBBR3) anunciou na noite desta segunda-feira (23) o fim da joint venture com a Americanas (AMER3), após a varejista pedir recuperação judicial de R$ 43 bilhões por conta de “inconsistências contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões.
As duas companhias possuem sociedade na Vem Conveniência, que opera cerca de 1,3 mil lojas de conveniência pelo país com as bandeiras Local (marca da Americanas) e BR Mania (marca da Vibra), que deverão voltar aos respectivos sócios, segundo fato relevante da Vibra. As lojas deverão seguir funcionando normalmente.
No documento, a Vibra diz que seu Conselho de Administração decidiu notificar a Americanas para o “imediato encerramento da parceria”, tendo iniciado os trâmites para desfazer a joint venture iniciada em fevereiro do ano passado.
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“O procedimento de desfazimento já estava estabelecido nos instrumentos da Parceria, e busca, em resumo, o retorno dos negócios (Local e BR Mania) para os respectivos sócios originais, com a previsão de que a empresa Vem Conveniência seguirá com a Companhia [Vibra]”, disse a Vibra, em fato relevante.
Vale destacar que Sergio Rial, ex-CEO que denunciou o problema contábil na Americanas, é o atual presidente do Conselho de Administração da Vibra.
O InfoMoney procurou Americanas e Vibra para comentários adicionais, uma vez que não está claro como ocorrerá a dissolução do negócio ou se haverá alguma compensação financeira para a varejista pelo fim da parceria.
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A participação de 50% da Americanas na joint venture era vista pelo mercado como um ativo importante para levantar caixa e ajudar no pagamento de um endividamento de mais de R$ 40 bilhões. Projeções de especialistas indicavam que a parte da varejista no negócio poderia alcançar R$ 1 bilhão.
Por fim, a Vibra diz que entende que o fim da JV “é o que melhor atende aos objetivos do negócio nesse momento, bem como buscará manter a reserva de todos os seus direitos e prerrogativas assegurados em lei ou nos documentos da Parceria, que possam advir de atos praticados pelo sócio Americanas inclusive no curso da constituição da Parceria”.
Para o Morgan Stanley, a decisão da Vibra foi acertada, uma vez que a Americanas não teria mais condições de investir e desenvolver o negócio da mesma maneira que a sócia.
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“Apesar de voltar à estaca zero em sua estratégia de expansão do negócio de conveniência, vemos a rescisão do contrato ter impacto limitado para a VBBR, uma vez que a JV era uma parte muito pequena do negócio”, escreveu o analista Bruno Montanari.
Americanas contrata consultoria para negociar dívida
Também em fato relevante nesta segunda-feira, a Americanas anunciou a contratação da consultoria Alvarez & Marsal para ajudar na recuperação judicial e atuar em conjunto com o Rothschild & Co na interlocução da companhia na renegociação da dívida financeira. Segundo o comunicado, a A&M terá a função de Project Management Office (PMO).