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SÃO PAULO – A Xerox, empresa conhecida pela fabricação de copiadoras e impressoras, planeja comprar a HP, companhia de tecnologia, focada em hardwares, computadores e notebooks, de acordo com informação do The Wall Street Journal.
O relatório do WSJ, citando fontes não identificadas, disse que o conselho da Xerox se reuniu na terça-feira (5) para considerar uma oferta em dinheiro e ações que chegue no valor de mercado da HP. Com a fusão, as empresas poderiam economizar US$2 bilhões em custos anuais.
A oferta seria em cifras próximas de US$ 27 bilhões, que é o valor de mercado atual da HP. Já a Xerox foi avaliada em US$ 8 bilhões.
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Essa grande diferença entre as avaliações de mercado das duas empresas pode ser um obstáculo para que a negociação se torne realidade, aponta o jornal.
Com um valor de mercado equivalente a um terço da HP, a Xerox precisaria assumir um grande dívida para concretizar a negociação. Logo, ainda não é claro como que a empresa pretende arrumar o capital para concluir essa aquisição da HP.
Na última terça-feira (5) a Xerox anunciou que deseja vender a sua participação de 25% na Fuji Xerox, uma joint venture entre a companhia americana e a japonesa Fujifilm, por US$ 2,3 bilhões.
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Como mostra o WJS, essa negociação pode ser um indício que a Xerox está procurando maneiras de conseguir o montante necessário para fazer uma oferta pela HP.
O jornal ainda afirmou que a Xerox recebeu de um grande banco não identificado a notícia que um possível financiamento para o negócio pode ocorrer.
Problemas dos dois lados
Nos últimos anos, ambas as empresas sofreram com problemas. A HP anunciou que faria uma reestruturação na companhia, demitindo entre sete e nove mil funcionários até o ano de 2022.
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A Xerox vê suas vendas despencarem ano após ano. Como mostrou o WJS, a companhia encontra dificuldades em renovar seus negócios, já que cada vez menos os documentos impressos são necessários. Gerações mais jovens nem mesmo possuem uma impressora ou copiadora.
Carl Icahn, um dos maiores investidores da Xerox com cerca de 10,6% das ações e que recentemente assumiu o controle do conselho da companhia, afirma que, caso a Xerox não realize “profundas transformações, ela está fadada a ter um caminho parecido com o da Kodak”, ou seja, um caminho para falência.
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