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Uma das novidades do leilão de aeroportos que aconteceu hoje (18) foi a entrada da XP Asset no setor. Esta, contudo, não foi a primeira participação da empresa em um certame. “Participamos do leilão que aconteceu no ano passado, pelo Bloco Central, que a CCR venceu”, afirmou Túlio Machado, head de infraestrutura da XP Asset, em entrevista exclusiva ao InfoMoney.
Sem concorrentes, a XP Asset arrematou o bloco formado pelos terminais de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e Campo de Marte, em São Paulo, com uma oferta de R$ 141,4 milhões, com um ágio de 0,01% sobre o valor mínimo do edital, e contratou a francesa Egis como operadora para os terminais – uma exigência do edital.
A oferta solitária pela concessão por 30 anos tem algumas razões. A primeira delas, segundo Machado, está relacionada às particularidades dos dois aeroportos. “Os dois são pequenos e não podem operar voos comerciais, o que tira o interesse dos operadores tradicionais”, afirma Machado.
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Outro ponto preocupação para eventuais concorrentes está ligado ao tipo de negócio realizado nesse tipo de aeroporto.
As fontes de receita, por exemplo, são duas: 1) a tarifária, de pousos e decolagens; e 2) a comercial, do aluguel de lojas, restaurantes e galpões que, no caso do aeroporto de Jacarepaguá representa entre 60% e 70% da receita. “Para quem é operador tradicional, existiria a dificuldade de depender mais do lado comercial do negócio. E para quem tem experiência com o comércio, havia a barreira de operação de um aeroporto”, resume Machado.
Depois de olhar a infraestrutura no entorno, avaliar os contratos de alugueis de lojas, hangares e galpões que vencem, em entre 2025 e 2028, a gestora entendeu que havia uma oportunidade imobiliária e logística. “Além dos voos de aviação executiva, e operação com aeronaves elétricas, os eVtols, temos mais de 300 mil metros quadrados para explorar. Podemos construir complexos logísticos, área comercial, restaurantes”, enumera.
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O vencedor do certame, na verdade, foi o fundo de investimento XP Infra IV FI Participações de Infraestrutura, constituído pela XP. É de lá que sairão os recursos para o projeto.
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