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Faltando pouco mais de uma semana para terminar a edição de 2021 dos Jogos Olímpicos, ainda há muitas medalhas em jogo. O Brasil já conquistou dez, sendo duas de ouro (surfe e ginástica artística), três de prata (skate street e ginástica artística) e cinco de bronze (judô, tênis e natação).
Na carteira olímpica, atualizamos a lista de atletas brasileiros que têm chance de medalha — seriam as blue chips se estivessem na Bolsa. Como nas carteiras de ações publicadas pelas corretoras, a carteira de atletas reúne os esportistas que estão em momento de valorização, com base nos resultados das últimas competições e agora durante os Jogos Olímpicos.
A carteira é modificada periodicamente, sempre que o cenário mudar. A publicação é feita pelos profissionais do site Olimpíada Todo Dia, especializado em notícias sobre esportes olímpicos, que fechou uma parceria com o InfoMoney para a cobertura dos Jogos.
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Na sexta-feira, não incluímos nenhum ativo na carteira olímpica porque a lesão no joelho da judoca Maria Suelen Altheman durante a competição dos pesos pesados atrapalhou os planos de pódio do Brasil na competição por equipes.
Sem sua atleta para competir na categoria, o Brasil teve que improvisar a medalhista na categoria -78kg Mayra Aguiar. Acabamos perdendo na estreia para a Holanda e, na sequência, caindo na repescagem contra Israel.
Na madrugada deste sábado (31) para domingo (1), o Brasil conquistou sua segunda medalha de ouro, com a ginasta Rebeca Andrade, na final do salto sobre a mesa, medalhista de prata no individual geral da ginástica artística feminina. Na natação, Bruno Fratus faturou o bronze nos 50m livre da natação.
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Já o velejador Robert Scheidt, em sua sétima participação olímpica, encerrou a disputa sem medalha.
Na madrugada de domingo (1) para segunda (2), o Brasil tem chance de subir no pódio com Martine Grael e Kahena Kunze, também da vela.
Martine Grael e Kahena Kunze
A madrugada de domingo (1) para segunda (2) pode ser histórica para o Brasil. Pela primeira vez, poderemos ter mulheres bicampeãs olímpicas em esportes individuais.
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Martine Grael e Kahena Kunze são as atuais campeãs olímpicas na classe 49er FX da vela e ostentam um currículo para lá de vitorioso. As duas possuem juntas um título mundial e quatro medalhas de prata.
Filha do velejador Claudio Kunze, Kahena Kunze praticou vela desde criança. Começou na represa de Guarapiranga, antes da família de mudar para o Rio de Janeiro quando tinha 10 anos. Ainda na adolescência, a paulista conheceu Martine Grael, com quem foi campeã olímpica no Rio de Janeiro e mundial na classe 49erFX.
Martine também tem pai velejador, e bem conhecido. Filha do bicampeão olímpico Torben Grael, Martine Soffiatti Grael, mais conhecida como Martine Grael, começou a velejar com apenas quatro anos de idade.
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Campeã mundial júnior na classe 420 em 2009, Kahena Kunze esperou um convite de Martine Grael para formar dupla nos Jogos Olímpicos de Londres, mas a carioca preferiu competir com Fernanda Swan, então medalhista de bronze em Pequim.
Percebendo que seu sucesso na vela estaria ao lado de Kahena Kuze, Martine fechou a parceria com a amiga para o ciclo olímpico da Rio 2016 na categoria 49erFX. Logo no primeiro campeonato mundial de 2013, disputado na França, a dupla foi vice-campeã.
Um ano depois, as duas se consagraram campeãs do mundo, algo que lhes rendeu o prêmio do COB de melhores atletas do ano de 2014. Em 2015, foram novamente vice-campeãs do mundo e faturaram a prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.
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A partir dali, a entrosada a dupla começou a colecionar diversas medalhas. A mais importante de todas veio nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. O ouro de Martine Grael e Kahena Kunze na classe 49er FX foi conquistado apenas nos metros finais, em uma das mais eletrizantes disputas de toda a Olimpíada.
Martine e Kahena seguiram competindo no mesmo nível após os Jogos do Rio. Foram medalhistas de prata nos dois mundiais seguintes, disputados em 2017 e 2019. No Pan de Lima, além de terem faturado a medalha de ouro, tiveram a honra de carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, se tornando as primeiras mulheres brasileiras a realizar o feito.
Em 2021, foram ao pódio três vezes em três grandes competições, mostrando que chegariam com tudo em Tóquio rumo ao bi. A performance no Japão também foi excelente. As duas terminaram as 12 regatas de classificação na primeira colocação, com um ponto a menos do que as vice-líderes.
Chegarão à regata da medalha, portanto, dependendo apenas de si mesmas para se consagrarem campeãs.
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