12 ações que pagam dividendos acima do CDI após Selic cair novamente – e quanto R$ 50 mil rendem nelas

Conforme esperado, a Selic caiu mais 0,50 ponto percentual na quarta-feira (13) e foi a 11,75% ao ano, patamar que abre espaço maior na lista de ações que pagam dividendos acima do CDI, importante indexador da renda fixa – boa notícia para o investidor com foco na estratégia de proventos.

O CDI, vale lembrar, paga sempre 0,1 ponto percentual abaixo da Selic. Portanto, o CDI vai a 11,65%. O motivo é simples: se a Selic baliza os retornos dos investimentos mais seguros do País, que são os títulos do Tesouro, o CDI guia os empréstimos interbancários, que vêm logo atrás na lista de ativos de mais baixo risco.

Atualmente, 12 ações negociadas na Bolsa pagam dividendos acima do CDI, segundo levantamento do InfoMoney com dados da Economatica, duas a mais do que no último corte de juros do Banco Central. Os dividendos são aquela parcela do lucro líquido que uma companhia de capital aberto ou fechado distribui para seus acionistas.

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O estudo considerou papéis presentes no Ibovespa, Índice de Dividendos (Idiv) e Índice Brasil 100 (IBrX). Além disso, olhou para o dividend yield projetado, uma estimativa do rendimento de uma ação apenas com o pagamento de dividendos. Em resumo, ele só é válido se a empresa tiver lucro igual ou superior ao dos últimos 12 meses e continuar com a mesma política de distribuição de dividendos.

No levantamento, a Metal Leve (LEVE3) registra o maior dividend yield projetado para 12 meses, de 38,44%. Na sequência vêm as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras (PETR4 e PETR3), com 31,08% e 26,91%, respectivamente, seguidas de Grendene (GRND3), com 23,20%.

Confira as 10 ações que pagam dividendos acima do CDI, a 11,65% ao ano:

Fonte: Economatica. Considera o preço dos ativos no fechamento de 13 de dezembro de 2023

Ausente da lista no ano passado, a Metal Leve (LEVE3) saltou para a liderança de dividend yield projetado pelo alto desempenho no último ano, com yield realizado de 31,13%. As razões passam pela reserva especial de dividendos que a empresa fez em 2019, que já haviam sido aprovados, mas não distribuídos por conta da pandemia.

Já Petrobras (PETR3; PETR4), mesmo após reduzir fortemente as distribuições em 2023 em relação ao ano passado, surge com bons números mesmo diante do plano estratégico de 2024 a 2028, que foi mal-recebido pelo mercado.

Na opinião do BTG, os principais aspectos da tese de investimento seguem em vigor. Os analistas acreditam que a petrolífera deverá gerar mais caixa do que o mercado estima, impulsionado pelo aumento da produção e pela redução dos investimentos. “Isto suportará pagamentos de dividendos mais elevados por mais tempo”, afirma a instituição.

É importante ressaltar que os números ainda não consideram os proventos anunciados mais recentemente pela companhia, que distribui mais R$ 15 bilhões nesta sexta-feira (15), além de dois pagamentos que somam R$ 17,5 bilhões em fevereiro e março de 2024 referentes ao exercício deste ano.

Casas de análise também destacam Banco do Brasil (BBAS3), registrou cinco recomendações por dois meses seguidos (novembro e dezembro) entre as corretoras acompanhadas pelo InfoMoney. Em roadshow na Europa realizado recentemente, representantes do banco afirmaram que esperam que o atual nível de rentabilidade deverá se manter em cerca de 20% no ano que vem 2024.

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Confira quanto R$ 50 mil renderiam em cada uma das ações:

*Valores consideram dividend yield estável em 12 meses, sem mudança na política de dividendos da companhia